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Sem sinais de recuperação, Sharon passa 3ª noite no hospital
Jerusalém - O primeiro-ministro de Israel, Ariel Sharon, passou a terceira noite em estado de coma induzido no Hospital Hadassah de Jerusalém, com poucas indicações de recuperar sua capacidade, após o grave derrame que sofreu na quarta-feira. "Não há mais sangramento e a pressão intracraniana retornou ao normal", disse ontem Shlomo Mor-Yossef, diretor do hospital, após a terceira cirurgia cerebral, de cinco horas, a que o premier foi submetido.
Não são esperados novos boletins médicos antes do final do sabbath (dia santo judaico), na noite de Sábado. Uma avaliação mais precisa das chances de recuperação de Sharon deverá ser divulgada no domingo. Os médicos pretendem diminuir as drogas que o mantêm em coma. Os filhos de Sharon, Omri e Gilad, estão no hospital, hospedados em um quarto próximo ao do pai.
Cenário político incerto - A incerteza sobre o estado de saúde do primeiro-ministro, cuja vitórias para um terceiro mandato era vista como praticamente certa nas eleições marcadas para março, desestabilizou o cenário político israelense. O vice-primeiro-ministro, Ehud Olmert, assumiu o governo interinamente.
Especialistas médicos que trabalham com pacientes de derrames dizem que Sharon pode ter sofrido danos cerebrais, ou paralisia, em decorrência do sangramento no cérebro. "No caso de uma hemorragia massiva o prognóstico é catastrófico", disse o professor Pierre Aamarenco à agência de notícias France Presse. Segundo Aamarenco, a cirurgia ajudaria pouco nessa situação. No entanto, um dos cirurgiões da equipe que está tratando do primeiro-ministro, Felix Umansky, insiste que há chances de recuperação.
Premiê interino - Assessores de Sharon trabalham com a possibilidade de que ele não será capaz de retornar ao trabalho. A imprensa e os círculos políticos também especulam que, mesmo que Sharon se recupere, ele não deve continuar a governar o país. O primeiro-ministro interino recebeu, na sexta-feira, telefonemas da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e do presidente egípcio, Hosni Mubarak. Rice cancelou uma viagem de seis dias para a Indonésia e Austrália devido à situação no Oriente Médio.
Como presidente do recém-formado partido Kadima, Sharon era o favorito nas eleições gerais do dia 28 de março em Israel, que deverão ser mantidas conforme o planejado. Uma pesquisa publicada pelo jornal israelense Yediot Ahronot indica que o Kadima, liderado por Olmert, venceria 39 dos 120 assentos no Knesset, o parlamento do país, com os Trabalhistas conseguindo 20 cadeiras e o Likud, 16.
Temores de que o novo partido naufragaria sem Sharon diminuíram, depois que importantes membros disseram que apoiariam a liderança de Olmert. O premier interino se reuniu ontem com outro líder do Kadima, Shimon Peres - ex-premier que pertencia ao Partido Trabalhista e migrou para o partido fundado por Sharon.
Peres disse que Olmert estava muito preocupado com o estado de saúde do primeiro-ministro. "Nós saberemos como continuar a política de Israel, (como) continuar com as políticas de Ariel Sharon", comentou Peres.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mark Regev, declarou ser este um período difícil para o país e que o governo vai precisar de alguns dias para se ajustar à nova situação, "sem um homem cuja presença era tão dominante no processo político".
Não são esperados novos boletins médicos antes do final do sabbath (dia santo judaico), na noite de Sábado. Uma avaliação mais precisa das chances de recuperação de Sharon deverá ser divulgada no domingo. Os médicos pretendem diminuir as drogas que o mantêm em coma. Os filhos de Sharon, Omri e Gilad, estão no hospital, hospedados em um quarto próximo ao do pai.
Cenário político incerto - A incerteza sobre o estado de saúde do primeiro-ministro, cuja vitórias para um terceiro mandato era vista como praticamente certa nas eleições marcadas para março, desestabilizou o cenário político israelense. O vice-primeiro-ministro, Ehud Olmert, assumiu o governo interinamente.
Especialistas médicos que trabalham com pacientes de derrames dizem que Sharon pode ter sofrido danos cerebrais, ou paralisia, em decorrência do sangramento no cérebro. "No caso de uma hemorragia massiva o prognóstico é catastrófico", disse o professor Pierre Aamarenco à agência de notícias France Presse. Segundo Aamarenco, a cirurgia ajudaria pouco nessa situação. No entanto, um dos cirurgiões da equipe que está tratando do primeiro-ministro, Felix Umansky, insiste que há chances de recuperação.
Premiê interino - Assessores de Sharon trabalham com a possibilidade de que ele não será capaz de retornar ao trabalho. A imprensa e os círculos políticos também especulam que, mesmo que Sharon se recupere, ele não deve continuar a governar o país. O primeiro-ministro interino recebeu, na sexta-feira, telefonemas da secretária de Estado americana, Condoleezza Rice, e do presidente egípcio, Hosni Mubarak. Rice cancelou uma viagem de seis dias para a Indonésia e Austrália devido à situação no Oriente Médio.
Como presidente do recém-formado partido Kadima, Sharon era o favorito nas eleições gerais do dia 28 de março em Israel, que deverão ser mantidas conforme o planejado. Uma pesquisa publicada pelo jornal israelense Yediot Ahronot indica que o Kadima, liderado por Olmert, venceria 39 dos 120 assentos no Knesset, o parlamento do país, com os Trabalhistas conseguindo 20 cadeiras e o Likud, 16.
Temores de que o novo partido naufragaria sem Sharon diminuíram, depois que importantes membros disseram que apoiariam a liderança de Olmert. O premier interino se reuniu ontem com outro líder do Kadima, Shimon Peres - ex-premier que pertencia ao Partido Trabalhista e migrou para o partido fundado por Sharon.
Peres disse que Olmert estava muito preocupado com o estado de saúde do primeiro-ministro. "Nós saberemos como continuar a política de Israel, (como) continuar com as políticas de Ariel Sharon", comentou Peres.
O porta-voz do Ministério das Relações Exteriores, Mark Regev, declarou ser este um período difícil para o país e que o governo vai precisar de alguns dias para se ajustar à nova situação, "sem um homem cuja presença era tão dominante no processo político".
Fonte:
BBC Brasil
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/326862/visualizar/
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