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Peru descarta tensão com a Venezuela por declarações de Chávez
O Governo do Peru negou hoje que haja tensão com a Venezuela após o apoio recebido pelo candidato presidencial Ollanta Humala por parte do presidente Hugo Chávez, cujo Governo negou qualquer intenção de ingerência em assuntos internos peruanos.
O embaixador do Peru na Venezuela, Carlos Urrutia, que foi convocado a consultas em Lima, esclareceu hoje que as declarações de Chávez, que elogiou Humala em Caracas, não gerará tensões entre os dois países, membros da Comunidade Andina.
O Governo peruano chamou na quarta-feira passada Urrutia para consultas após considerar que as declarações de Chávez implicaram em "uma ingerência nos assuntos internos" deste país.
As declarações públicas foram feitas por Chávez na terça-feira passada em Caracas na presença do presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, e de Humala.
O apoio de Chávez a Humala causou comoção entre a classe política peruana, que o considerou uma intromissão e a confirmação dos vínculos entre o líder do Partido Nacionalista Unindo ao Peru e o Governo da Venezuela.
O governante fez alusão a uma sublevação protagonizada em outubro de 2000 pelo então comandante do Exército Ollanta Humala, junto a seu irmão Antauro, também major do Exército, contra o Governo do então presidente Alberto Fujimori.
O embaixador, que hoje se reuniu com o chanceler peruano, Oscar Maúrtua, esclareceu que o Peru buscou com sua convocação "evitar possíveis ingerências em assuntos internos".
O diplomata asseverou que não se espera nenhuma desculpa do Executivo da Venezuela e acrescentou que "não queremos problemas, não os inventemos".
"O que existe é a disposição de ambos os países de solucionar qualquer tipo de incidente", enfatizou.
O Governo de Chávez negou, em declarações emitidas em Caracas e Lima, alguma intromissão nos assuntos do Peru e advogou por relações bilaterais "harmoniosas e construtivas".
"A referência que o presidente Hugo Chávez fez em relação ao senhor Ollanta Humala em nenhum caso pode ser interpretada como ingerência da Venezuela nos assuntos do Peru", afirmou o Ministério das Relações Exteriores venezuelano em comunicado.
A Chancelaria venezuelana esclareceu que a visita a Caracas de Humala "não foi de caráter oficial", mas "respondeu ao convite feito por partidos políticos venezuelanos".
Destacou, além disso, que "as relações entre os Governos e povos de Peru e Venezuela se caracterizaram sempre por seus signos harmonioso, fraterno e construtivo", e expressou que as autoridades venezuelanas estão "seguras que se manterão nos mesmos termos".
O candidato nacionalista à Presidência do Peru, Ollanta Humala, por sua vez, declarou que o Governo de seu país reagiu "com preconceito e discriminação" ao chamar o embaixador em Caracas pela reunião que teve com Chávez.
"Ninguém me questionaria se eu tivesse me encontrado com o presidente dos Estados Unidos ou o da Colômbia", disse o candidato em entrevista coletiva.
"O ponto é que se trata de Ollanta Humala, de Hugo Chávez e de Evo Morales, se fosse convidado pelo presidente Bush ou pelo presidente (francês Jacques) Chirac ninguém diria nada, mas como se trata de Ollanta Humala se fala da troika", acrescentou.
Humala, de 42 anos, reiterou que no encontro informal que manteve com Chávez e Morales apresentou seu "projeto de integração latino-americana" que pensa levar à Argentina, Brasil e Uruguai.
O candidato peruano, que está em segundo na corrida para as presidenciais de 9 de abril atrás da conservadora Lourdes Flores, segundo as pesquisas, admitiu que tem "muitas similitudes" com Chávez.
O comandante do Exército em retirada foi considerado por analistas locais como um símile do fenômeno eleitoral que representou Fujimori (1990-2000) e o atual governante Alejandro Toledo (2001-2006).
O embaixador do Peru na Venezuela, Carlos Urrutia, que foi convocado a consultas em Lima, esclareceu hoje que as declarações de Chávez, que elogiou Humala em Caracas, não gerará tensões entre os dois países, membros da Comunidade Andina.
O Governo peruano chamou na quarta-feira passada Urrutia para consultas após considerar que as declarações de Chávez implicaram em "uma ingerência nos assuntos internos" deste país.
As declarações públicas foram feitas por Chávez na terça-feira passada em Caracas na presença do presidente eleito da Bolívia, Evo Morales, e de Humala.
O apoio de Chávez a Humala causou comoção entre a classe política peruana, que o considerou uma intromissão e a confirmação dos vínculos entre o líder do Partido Nacionalista Unindo ao Peru e o Governo da Venezuela.
O governante fez alusão a uma sublevação protagonizada em outubro de 2000 pelo então comandante do Exército Ollanta Humala, junto a seu irmão Antauro, também major do Exército, contra o Governo do então presidente Alberto Fujimori.
O embaixador, que hoje se reuniu com o chanceler peruano, Oscar Maúrtua, esclareceu que o Peru buscou com sua convocação "evitar possíveis ingerências em assuntos internos".
O diplomata asseverou que não se espera nenhuma desculpa do Executivo da Venezuela e acrescentou que "não queremos problemas, não os inventemos".
"O que existe é a disposição de ambos os países de solucionar qualquer tipo de incidente", enfatizou.
O Governo de Chávez negou, em declarações emitidas em Caracas e Lima, alguma intromissão nos assuntos do Peru e advogou por relações bilaterais "harmoniosas e construtivas".
"A referência que o presidente Hugo Chávez fez em relação ao senhor Ollanta Humala em nenhum caso pode ser interpretada como ingerência da Venezuela nos assuntos do Peru", afirmou o Ministério das Relações Exteriores venezuelano em comunicado.
A Chancelaria venezuelana esclareceu que a visita a Caracas de Humala "não foi de caráter oficial", mas "respondeu ao convite feito por partidos políticos venezuelanos".
Destacou, além disso, que "as relações entre os Governos e povos de Peru e Venezuela se caracterizaram sempre por seus signos harmonioso, fraterno e construtivo", e expressou que as autoridades venezuelanas estão "seguras que se manterão nos mesmos termos".
O candidato nacionalista à Presidência do Peru, Ollanta Humala, por sua vez, declarou que o Governo de seu país reagiu "com preconceito e discriminação" ao chamar o embaixador em Caracas pela reunião que teve com Chávez.
"Ninguém me questionaria se eu tivesse me encontrado com o presidente dos Estados Unidos ou o da Colômbia", disse o candidato em entrevista coletiva.
"O ponto é que se trata de Ollanta Humala, de Hugo Chávez e de Evo Morales, se fosse convidado pelo presidente Bush ou pelo presidente (francês Jacques) Chirac ninguém diria nada, mas como se trata de Ollanta Humala se fala da troika", acrescentou.
Humala, de 42 anos, reiterou que no encontro informal que manteve com Chávez e Morales apresentou seu "projeto de integração latino-americana" que pensa levar à Argentina, Brasil e Uruguai.
O candidato peruano, que está em segundo na corrida para as presidenciais de 9 de abril atrás da conservadora Lourdes Flores, segundo as pesquisas, admitiu que tem "muitas similitudes" com Chávez.
O comandante do Exército em retirada foi considerado por analistas locais como um símile do fenômeno eleitoral que representou Fujimori (1990-2000) e o atual governante Alejandro Toledo (2001-2006).
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/327041/visualizar/
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