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Chuva traz alívio à soja no Sul e preocupação no MT
As recentes chuvas que atingiram Paraná e Rio Grande do Sul amenizaram parcialmente a deficiência hídrica das lavouras de soja, enquanto em Mato Grosso, maior produtor nacional, precipitações elevadas começam a preocupar, pois dificultam a aplicação de fungicidas contra a ferrugem asiática, disseram fontes oficiais.
"Tem chovido muito bem, de forma generalizada em Mato Grosso, até em excesso em certas ocasiões, o que pode interferir nas aplicações contra a ferrugem", afirmou o engenheiro agrônomo e secretário-executivo da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso), Luiz Neri Ribas.
Para ele, o excesso de chuva, além de impedir pulverizações com tratores e aviões, pode reduzir a eficácia dos fungicidas aplicados pouco antes das precipitações. "Essa é a nossa pedra no sapato", disse. No Sul, as chuvas têm sido até torrenciais, mas estão irregulares e ainda há áreas secas no Paraná e Rio Grande do Sul.
"Deu uma amenizada, mas preocupa. A situação do clima ainda não está resolvida", declarou o agrônomo Otmar Hubner, do Deral (Departamento de Economia Rural), do Paraná.
Ele acrescentou que algumas regiões (Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa) ainda precisam de mais umidade.
Hubner admitiu que determinadas lavouras já teriam sofrido redução de produtividade, mas salientou que isso pode ser compensado pela produção em outras áreas.
No Rio Grande do Sul, as precipitações também não têm sido generalizadas. "Ainda está muito longe da situação do ano passado, um ano inigualável em termos de perdas por seca", declarou Odilon Soares da Costa, da Emater-RS, o órgão de assistência técnica do governo gaúcho.
"Mas algumas lavouras estão sentido a falta de umidade."
De acordo com o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), enquanto choveu mais de 100 milímetros na maior parte de Mato Grosso entre 21 de dezembro e 4 de janeiro, com muitas áreas recebendo mais de 150 mm, um volume superior ao registrado no ano passado, no Sul as precipitações ficaram entre 25 e 50 mm, em média, no mesmo período.
O clima, no entanto, ainda não alterou as previsões de safra para os três maiores produtores de soja do Brasil, afirmaram as fontes consultadas.
De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Mato Grosso deve colher em 2005/06 cerca de 16,8 milhões de toneladas, contra 17,5 milhões na temporada passada.
As safras do Paraná e Rio Grande do Sul estão estimadas em 11,2 milhões de toneladas e 7,7 milhões, contra 9,5 milhões e 2,5 milhões de toneladas em 2004/05, respectivamente.
PRIVAMERA DO LESTE
O agrônomo da Aprosoja ressaltou que tem "chovido muito" em Primavera do Leste, um dos principais focos de ferrugem de Mato Grosso, onde o ciclo do fungo dificilmente é quebrado, devido ao plantio da soja irrigada no inverno --a doença se desenvolve apenas em matéria orgânica mais facilmente com tempo úmido e quente.
"Já estão ocorrendo atrasos nas aplicações, atrasa em um ou dois dias, mas sempre é uma preocupação", disse Ribas, ressalvando que o agricultor a cada ano melhora o monitoramento das lavouras contra a praga, que pode reduzir em até 80 por cento a produtividade.
Ele lembrou que a ferrugem reduziu a safra em Primavera de 52 sacos (60 quilos) por hectare, em 2002/03, para 40 sacas em 2004/05, uma queda de 23 por cento. Em todo o Brasil, o Ministério da Agricultura avalia que as perdas pela ferrugem atingiram 4,5 milhões de toneladas em 04/05.
"Tem chovido muito bem, de forma generalizada em Mato Grosso, até em excesso em certas ocasiões, o que pode interferir nas aplicações contra a ferrugem", afirmou o engenheiro agrônomo e secretário-executivo da Aprosoja (Associação dos Produtores de Soja de Mato Grosso), Luiz Neri Ribas.
Para ele, o excesso de chuva, além de impedir pulverizações com tratores e aviões, pode reduzir a eficácia dos fungicidas aplicados pouco antes das precipitações. "Essa é a nossa pedra no sapato", disse. No Sul, as chuvas têm sido até torrenciais, mas estão irregulares e ainda há áreas secas no Paraná e Rio Grande do Sul.
"Deu uma amenizada, mas preocupa. A situação do clima ainda não está resolvida", declarou o agrônomo Otmar Hubner, do Deral (Departamento de Economia Rural), do Paraná.
Ele acrescentou que algumas regiões (Cascavel, Guarapuava e Ponta Grossa) ainda precisam de mais umidade.
Hubner admitiu que determinadas lavouras já teriam sofrido redução de produtividade, mas salientou que isso pode ser compensado pela produção em outras áreas.
No Rio Grande do Sul, as precipitações também não têm sido generalizadas. "Ainda está muito longe da situação do ano passado, um ano inigualável em termos de perdas por seca", declarou Odilon Soares da Costa, da Emater-RS, o órgão de assistência técnica do governo gaúcho.
"Mas algumas lavouras estão sentido a falta de umidade."
De acordo com o Cptec (Centro de Previsão de Tempo e Estudos Climáticos), enquanto choveu mais de 100 milímetros na maior parte de Mato Grosso entre 21 de dezembro e 4 de janeiro, com muitas áreas recebendo mais de 150 mm, um volume superior ao registrado no ano passado, no Sul as precipitações ficaram entre 25 e 50 mm, em média, no mesmo período.
O clima, no entanto, ainda não alterou as previsões de safra para os três maiores produtores de soja do Brasil, afirmaram as fontes consultadas.
De acordo com a Conab (Companhia Nacional de Abastecimento), o Mato Grosso deve colher em 2005/06 cerca de 16,8 milhões de toneladas, contra 17,5 milhões na temporada passada.
As safras do Paraná e Rio Grande do Sul estão estimadas em 11,2 milhões de toneladas e 7,7 milhões, contra 9,5 milhões e 2,5 milhões de toneladas em 2004/05, respectivamente.
PRIVAMERA DO LESTE
O agrônomo da Aprosoja ressaltou que tem "chovido muito" em Primavera do Leste, um dos principais focos de ferrugem de Mato Grosso, onde o ciclo do fungo dificilmente é quebrado, devido ao plantio da soja irrigada no inverno --a doença se desenvolve apenas em matéria orgânica mais facilmente com tempo úmido e quente.
"Já estão ocorrendo atrasos nas aplicações, atrasa em um ou dois dias, mas sempre é uma preocupação", disse Ribas, ressalvando que o agricultor a cada ano melhora o monitoramento das lavouras contra a praga, que pode reduzir em até 80 por cento a produtividade.
Ele lembrou que a ferrugem reduziu a safra em Primavera de 52 sacos (60 quilos) por hectare, em 2002/03, para 40 sacas em 2004/05, uma queda de 23 por cento. Em todo o Brasil, o Ministério da Agricultura avalia que as perdas pela ferrugem atingiram 4,5 milhões de toneladas em 04/05.
Fonte:
24 Horas News
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/327083/visualizar/
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