Liberações não passarão de R$ 1,5 bi

Em função do ritmo lento de tomada de crédito o BB refez a previsão inicial de equiparar o volume de financiamento liberado nesta safra aos recursos financiados na safra passada. A estimativa é de que até o fim do ano agrícola 2005/2006 o crédito tomado pelos produtores mato-grossenses seja 47% inferior ao captado na safra 2004/2005, quando o BB financiou R$ 2,850 bilhões. Nesta safra a previsão é de que o valor não ultrapasse R$ 1,5 bilhão.

Dos R$ 2 bilhões em crédito rural que serão liberados pelo BB este mês, conforme informação divulgada na segunda-feira (02) pela Secretaria de Política Agrícola do Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (Mapa) R$ 150 milhões são destinados para Mato Grosso. Contudo não há teto para a liberação de recursos nesta safra. Os financiamentos serão feitos de acordo com a demanda como lembra o superintendente de varejo do BB em Mato Grosso Renato José Araújo Barbosa.

A soja é a principal responsável pela dívida dos agricultores na safra 2004/2005 uma vez que é o cultivo mais financiado no Estado, respondendo por em média 60% de todos os contratos liberados.

Barbosa desta que a única alternativa aos produtores é pagar os débitos existentes com o banco. A instituição financeira está aberta às negociações. A inadimplência acarreta aumento nas taxas de juros praticadas, por isso os agricultores devem procurar o quanto antes a instituição financeira para tentar reescalonar a dívida.

Os juros controlados pelo governo federal são fixados em 8,75% ao ano. Após vencidos os contratos o BB reembolsa o tesouro nacional e passa a usar capital de mercado para financiar o montante em atraso.

Em função disso começam a incidir juros livres de mercado sobre a dívida, o que significa cerca de 20% ao ano, taxa 128% superior à praticada nos contratos que estão em dia.(AM)