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Economia
Sexta - 06 de Janeiro de 2006 às 07:15

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O volume de financiamentos contratados de julho a dezembro do ano passado para a safra 2005/2006 caiu 42,05% em relação ao montante liberado no mesmo período da safra anterior. No segundo semestre do ano passado foram aplicados R$ 987 milhões em Mato Grosso. De julho a dezembro na safra 2004/2005 os recursos liberados somaram R$ 1,703 bilhão. O principal entrave às novas contratações são as dívidas pendentes do último ano agrícola em decorrência da crise de comercialização da produção, na opinião do superintendente de varejo do BB para Mato Grosso e Rondônia, Renato José Araújo Barbosa.

O presidente da Famato, Homero Pereira, avalia que além da inadimplência outros fatores estão influenciando para a redução na captação de recursos. A queda na demanda em função da redução na área plantada influenciou nos números. Ele cita que no caso do algodão, por exemplo, a área está 40% inferior. Na cultura de arroz a queda foi de aproximadamente 50% e para a soja entre 5% e 10%. Além disso, a capacidade de endividamento dos agricultores chegou ao limite, dificultando a liberação de novos recursos.

Do volume de crédito liberado até dezembro R$ 547 milhões foram para custeio de safra, ou seja, uma queda de 47,05% ante os R$ 1,033 bilhão financiados no mesmo período da safra 2004/2005. Outros R$ 160 milhões foram tomados via CPRs. No ano agrícola 2004/2005 o capital aprovado nessa modalidade foi de R$ 386 milhões, o que quer dizer 58,55% a menos que na safra 2005/2006. Em investimentos foram tomados R$ 100 milhões de julho a dezembro de 2005 contra R$ 191 milhões nos mesmos meses de 2004, variação negativa de 47,56%.

Para comercialização houve aumento de 158,82% na tomada de crédito, passando de R$ 34 milhões em 2004 para R$ 88 milhões em igual período do ano passado.

O presidente da Famato, Homero Pereira, considera que o aumento na procura de crédito para comercialização está relacionado ao estoque remanescente da safra passada, o que fez com que os agricultores captassem mais recursos nesta modalidade mesmo diante da queda geral na tomada de crédito. Ele cita que nos armazéns do Estado ainda existe cerca de 30% da safra de arroz e milho, com volume de 800 mil toneladas e 500 mil toneladas, respectivamente.(AM)




Fonte: A Gazeta

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