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Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 21:06

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O Brasil 1 chegou a Port Elizabeth, na África do Sul, às 14h desta quinta-feira (horário de Brasília). Pouco mais de um dia depois de anunciar danos estruturais no convés e dar meia volta, a tripulação desembarcou otimista. Logo após a chegada, a equipe de terra, comandada pelo diretor técnico Horacio Carabelli, fez uma pré-avaliação dos danos que o veleiro sofreu na segunda etapa da Volvo Ocean Race. Na sexta-feira, uma reunião vai decidir se o Brasil 1 continua na etapa ou será despachado em um navio para a Austrália.

"A decisão do que iremos fazer daqui para frente será tomada nesta sexta-feira, mas estou bastante contente com o que ouvi na primeira avaliação da equipe de terra", disse o comandante Torben Grael.

"Temos duas opções: embarcar o Brasil 1 em um navio para a Austrália ou voltar velejando. Se velejarmos, podemos somar pontos importantes", completa.

O outro barco com problemas, o sueco Ericsson, atracou às 23h e já desistiu da etapa. O veleiro será embarcado em um navio que parte de Port Elizabeth no dia 8. É o mesmo que os brasileiros irão usar se desistirem da etapa.

Os danos do veleiro brasileiro ocorreram quando o Brasil 1 já velejava em direção ao sul, em uma posição privilegiada em relação aos outros barcos.

"O Marcel estava muito inspirado na navegação e o Brasil 1, rendendo muito bem, com todos a bordo dando o máximo. Fomos nos posicionando cada vez melhor em direção ao Sul, para pegar os ventos de uma frente que se aproximava", relatou Torben.

"Infelizmente, durante a segunda noite, com ventos não muito fortes, entre 25 e 30 nós, mas ondas difíceis devido à variação do vento que nos deixou de cara com elas, o Brasil 1 começou a dar algumas batidas fortes, apesar de nossos esforços para mudar de direção quando uma onda maior se avizinhava", relatou.



"Uma das ondas foi especialmente dura, mas no escuro não conseguimos ver nada de errado com nosso barco. Só de manhã, já com vento mais fraco, é que o Kiko Pellicano notou uma grande depressão no convés, ao lado da cabine, com uma rachadura, já querendo descer pela borda. Descemos a vela de proa rapidamente, aliviando a pressão do mastro", completa Torben.

Após a descoberta do problema, o comandante decidiu pela segurança: "Depois de avaliar bem a extensão do problema, com 6.000 milhas náuticas de mares do Sul pela frente e passando pela última oportunidade de voltar, decidimos dar meia-volta. Se fôssemos em frente, poderíamos colocar em risco nosso barco e nossas vidas". No último boletim de posicionamento enviado pela organização, às 14h, o ABN Amro One aparece em primeiro lugar, com duas milhas de vantagem sobre o Piratas do Caribe. ABN Amro Two é o terceiro, com o movistar em quarto e o ING Brunel em quinto. A classificação geral da Volvo Ocean Race, após a disputa da segunda in-port race, ficou assim: 1º. ABN Amro One, com 15 pontos; 2º. Brasil 1, 12,5; 3º. ABN Amro Two, 12; 4º. Ericson, 11,5; 5º. movistar, 6; e 6º. Piratas do Caribe e ING Brunel, 5 pontos.





Fonte: Terra

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