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Internacional
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 12:53

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Dois homens-bomba mataram mais de 100 pessoas nas cidades iraquianas de Kerbala e Ramadi, na quinta-feira, um dos dias mais violentos do país nos últimos meses. Os atentados alimentaram temores a respeito de uma escalada nas tensões entre os grupos étnicos e religiosos do Iraque, já que aconteceram em uma das cidades mais sagradas para os xiitas, Kerbala, e em um reduto sunita, Ramadi.

O primeiro agressor suicida detonou um cinto de explosivos entrelaçado com bolas de metal e uma granada, em Kerbala, matando 50 pessoas e ferindo 69, no ataque mais violento ocorrido no Iraque desde julho.

Imagens de TV mostraram poças de sangue em uma rua coberta por destroços. Civis colocavam os feridos na traseira de carros e de caminhonetes. Uma mulher vestida de preto chorava ao apertar seu bebê ferido contra o peito.

Pouco depois, um outro homem-bomba detonou explosivos perto de um grupo de recrutas da polícia e das Forças Armadas na cidade de Ramadi, um dia depois de ataques aparentemente coordenados terem matado ao menos 58 pessoas no país.

A ação em Ramadi, na qual morreram mais de 60 pessoas, foi a mais recente de uma série de investidas contra recrutas da polícia e do Exército. As forças de segurança do Iraque vêm sendo preparadas para substituir os norte-americanos na luta contra a insurgência realizada em grande parte por sunitas.

O ataque de Kerbala foi o segundo ocorrido na cidade nos últimos dias e aconteceu a poucos metros do domo dourado do santuário do imã Hussein, um dos lugares mais sagrados para o islamismo xiita.

Na quarta-feira, um carro-bomba feriu três pessoas no primeiro ataque do tipo contra a cidade desde dezembro de 2004.

Depois do período de relativa calma que cercou as eleições de 15 de dezembro, os insurgentes retomaram os ataques.

Na quarta-feira, um agressor suicida matou 36 pessoas e feriu outras 40 em um funeral xiita na cidade de Miqdadiya, a nordeste de Bagdá. Na capital, no mesmo dia, dois carros-bomba mataram 13 pessoas e deixaram outras 27 feridas.

Também na quarta-feira, em uma estrada ao norte da cidade, guerrilheiros atacaram um comboio de 60 caminhões-tanque carregados com combustível.





Fonte: Reuters

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