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Economia
Quinta - 05 de Janeiro de 2006 às 08:55

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Há três anos, o Grupo OB, de Mato Grosso, do criador Ovídio Carlos Brito, utiliza o sistema agrossilvipastoril em suas fazendas, integrando gado, capim e uma arbórea leguminosa, a vaginha, nativa de áreas de transição entre o cerrado e a floresta amazônica. Segundo o engenheiro florestal Tarcísio José Gualberto Fernandes, a leguminosa ocorre de forma natural nos pastos da região.

Fernandes afirma que o capim que nasce sob a copa da árvore desenvolve-se melhor, é mais viçoso e apreciado pelo gado. Para testar a eficiência da espécie, estão sendo realizados experimentos com o capim, em duas condições: plantado em área sombreada com vaginha e a pleno sol. "Além de produzir maior quantidade de massa verde, o teor de proteína bruta do capim aumentou no plantio sombreado", diz. "É interessante porque a proteína é um dos principais nutrientes utilizados para obter ganho de peso."

PESQUISAS

Depois dos resultados preliminares a campo realizados em três propriedades do grupo, em Pontes e Lacerda (MT), no ano passado, começaram as pesquisas científicas, coordenada pelo engenheiro florestal, parceria do Grupo OB com a Universidade Estadual de Mato Grosso. "Precisamos conhecer o comportamento e o manejo da vaginha, época de plantio, quantidade ideal de árvores por unidade de área, potencial madeireiro, entre outras informações", diz. "A proposta é esclarecer aos pecuaristas sobre a importância da arborização das propriedades na melhoria da pastagem."

Espécie arbórea de rápido crescimento, a vaginha pode alcançar entre 3 e 10 metros de altura. Suas folhas permitem boa penetração de luz embaixo de sua copa. Entre agosto e setembro, a planta seca, as folhas e as vagens caem e são consumidas pelo gado. B.M.




Fonte: 24 Horas News

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