Mancha Verde ameaça desfilar na Marginal Tietê

"Não abro mão do meu direito de desfilar no sábado. Se não puder entrar no Anhembi, colocarei a Mancha na Marginal Tietê ou na Avenida Olavo Fontoura." Quem faz a promessa é Paulo Serdan, presidente da escola de samba Mancha Verde.

A ameaça do palmeirense ocorre porque, de acordo com uma sentença da 21ª Vara Cível da Capital, a agremiação terá de desfilar fora da elite do Carnaval paulistano e integrar, sozinha, o Grupo Especial de Escola de Samba Esportiva. Se a programação atual se mantiver, a Mancha entrará na avenida apenas às 4 horas da segunda-feira (24 de fevereiro) - como última atração do Anhembi.

"Isso eu não aceito. Conquistamos o direito de desfilar no sábado. E vamos mesmo, dentro ou fora do sambódromo", continua Serdan, que no dia 3 de dezembro, durante um evento da escola, avisou todos os integrantes da Mancha Verde sobre a provável manifestação.

Na Justiça Todo o embate teve início após a Gaviões da Fiel voltar ao Grupo Especial de São Paulo, no ano passado. De acordo com o artigo 46 da Liga das Escolas de Samba de São Paulo, se duas ou mais entidades de torcidas de futebol integrarem o grupo, deve ser formada uma nova "chave" - a tal "esportiva".

Por força de uma liminar da 33ª Vara Cível, a Gaviões conseguiu retornar ao Grupo Especial. Ela abrirá os desfiles na noite de sexta-feira (dia 24 de fevereiro). A Mancha chegou a conseguir uma posição favorável da Justiça, mas o julgamento da ação, em primeira instância, deu ganho de causa à Liga. "Acredito que até o Carnaval estaremos de volta. Estou certo disso", amenizou Serdan. "Nos deixar de fora é denegrir o próprio produto da Liga. E a Gaviões está em outro dia mesmo. Eles na sexta, nós no sábado. Não haverá briga", garantiu Serdan.