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Ex-presidente do Equador pede observador internacional
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Recluso em um quarto de nove metros quadrados, com duas camas para três pessoas, o ex-presidente do Equador Lucio Gutiérrez pediu hoje que algum organismo internacional examine seu processo judicial, que considera "injusto".
Em entrevista à EFE por telefone da "Prisão 4" de Quito, à qual foi levado esta madrugada, Gutiérrez disse que, se um observador examinar o processo, "em 20 minutos comprovará a injustiça".
De acordo com Gutiérrez, o processo por incitação à revolta, pelo qual foi preso, não seguiu as vias normais, tem "falhas monumentais" e se sustenta em provas "forjadas" contra ele, seu irmão Gilmar e seu amigo e colaborador Fausto Cobo, também detidos.
Os três foram transferidos da penitenciária de segurança máxima de Quito para a "Prisão 4", conhecida como "prisão de luxo", em comparação com a anterior, onde os réus viviam amontoados e em condições muito precárias.
"Dá no mesmo uma prisão de ouro e uma de madeira. Prisão é prisão", disse Gutiérrez. "Um de nós dorme no chão porque só há duas camas. Podemos caminhar pelo pátio e temos um banheiro que compartilhamos com outros seis presos", contou.
O ex-presidente garantiu que a direção da penitenciária lhe informou no fim de dezembro que havia rumores de que se preparava um motim e que sua cabeça estava "a prêmio". O ministro de Governo, Alfredo Castillo, justificou a mudança por motivos de "segurança", diante da ameaça de rebelião.
O ex-presidente está preso por ter declarado em junho, nos EUA, que não reconhecia o Governo de Alfredo Palacio, a quem atribui agora "uma perseguição irracional". Gutiérrez governou o país entre janeiro de 2003 e abril de 2005.
O ex-presidente afirmou que os argumentos para sua detenção são "ilógicos" pois apenas emitiu sua opinião e ressaltou que, quando era presidente, não processou aqueles que insistentemente o chamavam de "ditador" e o insultavam.
"Exijo que meus direitos humanos sejam respeitados, e o direito fundamental do homem é a liberdade. Estamos presos de maneira injusta e o processo (judicial) está cheio de nulidade: ou os juízes ignoram a lei ou são marionetes de Palacio", disse.
Gutiérrez, chefe do Estado até há nove meses, agora recebe visitas na prisão somente nas quartas-feiras, sábados e domingos.
Ximena Bohórquez, esposa de Gutiérrez, disse hoje aos jornalistas que a gastrite de seu marido piorou desde que foi detido, em 14 de outubro. Mas o ex-presidente se mantém "em bom estado de ânimo e com a força espiritual de quem sabe que é inocente", segundo acrescentou.
Gutiérrez, eleito em 2002, diz que seu caso "deve ser conhecido pela comunidade internacional para que a pressão venha de fora para dentro, porque infelizmente aqui a Justiça está totalmente politizada".
Pediu aos "presidentes eleitos democraticamente no mundo" que considerem seu caso para que não se permitam novos "atropelos".
Apesar de todos os contratempos que a política lhe causou, Gutiérrez, um coronel reformado do Exército, não vê com maus olhos a possibilidade de voltar a ser presidente.
"Como meu mandato presidencial terminou, porque agora se fala da gestão de Palácio, posso constitucionalmente participar das próximas eleições", destacou, referindo-se ao fato de a Constituição do Equador não permitir a reeleição presidencial imediata.
"Na prisão, amadureci muito, analisei profundamente os erros que cometi, a situação do país e cresci politicamente: se o povo decidisse (afirmativamente), mais uma vez assumiria o desafio de dirigir os destinos do meu país", concluiu.
De acordo com Gutiérrez, o processo por incitação à revolta, pelo qual foi preso, não seguiu as vias normais, tem "falhas monumentais" e se sustenta em provas "forjadas" contra ele, seu irmão Gilmar e seu amigo e colaborador Fausto Cobo, também detidos.
Os três foram transferidos da penitenciária de segurança máxima de Quito para a "Prisão 4", conhecida como "prisão de luxo", em comparação com a anterior, onde os réus viviam amontoados e em condições muito precárias.
"Dá no mesmo uma prisão de ouro e uma de madeira. Prisão é prisão", disse Gutiérrez. "Um de nós dorme no chão porque só há duas camas. Podemos caminhar pelo pátio e temos um banheiro que compartilhamos com outros seis presos", contou.
O ex-presidente garantiu que a direção da penitenciária lhe informou no fim de dezembro que havia rumores de que se preparava um motim e que sua cabeça estava "a prêmio". O ministro de Governo, Alfredo Castillo, justificou a mudança por motivos de "segurança", diante da ameaça de rebelião.
O ex-presidente está preso por ter declarado em junho, nos EUA, que não reconhecia o Governo de Alfredo Palacio, a quem atribui agora "uma perseguição irracional". Gutiérrez governou o país entre janeiro de 2003 e abril de 2005.
O ex-presidente afirmou que os argumentos para sua detenção são "ilógicos" pois apenas emitiu sua opinião e ressaltou que, quando era presidente, não processou aqueles que insistentemente o chamavam de "ditador" e o insultavam.
"Exijo que meus direitos humanos sejam respeitados, e o direito fundamental do homem é a liberdade. Estamos presos de maneira injusta e o processo (judicial) está cheio de nulidade: ou os juízes ignoram a lei ou são marionetes de Palacio", disse.
Gutiérrez, chefe do Estado até há nove meses, agora recebe visitas na prisão somente nas quartas-feiras, sábados e domingos.
Ximena Bohórquez, esposa de Gutiérrez, disse hoje aos jornalistas que a gastrite de seu marido piorou desde que foi detido, em 14 de outubro. Mas o ex-presidente se mantém "em bom estado de ânimo e com a força espiritual de quem sabe que é inocente", segundo acrescentou.
Gutiérrez, eleito em 2002, diz que seu caso "deve ser conhecido pela comunidade internacional para que a pressão venha de fora para dentro, porque infelizmente aqui a Justiça está totalmente politizada".
Pediu aos "presidentes eleitos democraticamente no mundo" que considerem seu caso para que não se permitam novos "atropelos".
Apesar de todos os contratempos que a política lhe causou, Gutiérrez, um coronel reformado do Exército, não vê com maus olhos a possibilidade de voltar a ser presidente.
"Como meu mandato presidencial terminou, porque agora se fala da gestão de Palácio, posso constitucionalmente participar das próximas eleições", destacou, referindo-se ao fato de a Constituição do Equador não permitir a reeleição presidencial imediata.
"Na prisão, amadureci muito, analisei profundamente os erros que cometi, a situação do país e cresci politicamente: se o povo decidisse (afirmativamente), mais uma vez assumiria o desafio de dirigir os destinos do meu país", concluiu.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/327506/visualizar/
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