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ONU pede ao Egito que não deporte sudaneses
A agência das Nações Unidas para refugiados (Acnur) informou na quarta-feira que pediu ao Egito que não deporte 650 sudaneses que as autoridades consideram estar ilegalmente no país
Eles integram um grupo de mais de 3.500 manifestantes sudaneses que solicitaram ajuda à Acnur para que sejam transferidos para o Ocidente. A agência da ONU ofereceu-lhes o status de postulantes a asilo, mas disse que não pode reassentar todos.
A ordem de deportação ocorreu depois que 27 sudaneses foram mortos na sexta-feira, quando a polícia tentou remover o acampamento nas proximidades do escritório da ONU no Cairo, usando cassetetes e canhões de água. Alguns estavam lá desde setembro.
"Enviamos uma nota oficial na qual apelamos às autoridades que não deportem ninguém", disse a porta-voz da Acnur, Astrid van Genderen Stort.
O ministro Assistente do Exterior egípcio, Mohamed el-Dorghamy, disse que cerca de 2 mil manifestantes foram detidos. Em torno de 650 não tinham vistos válidos nem status de refugiados e seriam repatriados na quinta ou sexta-feira.
"Muitos querem voltar voluntariamente, mas eu não tenho o número exato. Não há nenhum refugiado entre eles (os 650 detidos)...", disse.
Mas mais tarde Van Genderen Stort disse à Reuters que as autoridades deram à Acnur 72 horas para entrevistar os detidos.
O grupo Human Rights Watch criticou a decisão de reenviá-los ao Sudão.
As conversações entre os manifestantes e a Acnur para dar fim ao protesto foram interrompidas em 22 de dezembro, depois que muitos sudaneses rejeitaram um acordo assinado por seus líderes. Ele incluía a revisão do status dos manifestantes. Segundo a Acnur, a oferta continua de pé.
Van Genderen Stort disse que a agência não solicitou uma investigação oficial sobre as mortes, mas que ela seria bem-vinda.
Os sudaneses afirmam que enfrentam racismo, desemprego e falta de assistência educacional e de saúde no Egito desde que fugiram da guerra no Sudão. Segundo a Acnur, eles têm acesso as serviços públicos egípcios.
A guerra civil entre norte e sul no Sudão durou duas décadas e deixou 4 milhões de desabrigados. Outro conflito, na região de Darfur, deixou outros 2 milhões de refugiados.
Um acordo de paz em janeiro de 2005 encerrou a guerra civil, mas muitos sudaneses afirmam que não é seguro voltar para casa, pois o acordo é frágil.
O escritório da Acnur no Egito já registrou mais de 20 mil sudaneses e calcula que eles sejam mais de 3 milhões vivendo no Egito.
A ordem de deportação ocorreu depois que 27 sudaneses foram mortos na sexta-feira, quando a polícia tentou remover o acampamento nas proximidades do escritório da ONU no Cairo, usando cassetetes e canhões de água. Alguns estavam lá desde setembro.
"Enviamos uma nota oficial na qual apelamos às autoridades que não deportem ninguém", disse a porta-voz da Acnur, Astrid van Genderen Stort.
O ministro Assistente do Exterior egípcio, Mohamed el-Dorghamy, disse que cerca de 2 mil manifestantes foram detidos. Em torno de 650 não tinham vistos válidos nem status de refugiados e seriam repatriados na quinta ou sexta-feira.
"Muitos querem voltar voluntariamente, mas eu não tenho o número exato. Não há nenhum refugiado entre eles (os 650 detidos)...", disse.
Mas mais tarde Van Genderen Stort disse à Reuters que as autoridades deram à Acnur 72 horas para entrevistar os detidos.
O grupo Human Rights Watch criticou a decisão de reenviá-los ao Sudão.
As conversações entre os manifestantes e a Acnur para dar fim ao protesto foram interrompidas em 22 de dezembro, depois que muitos sudaneses rejeitaram um acordo assinado por seus líderes. Ele incluía a revisão do status dos manifestantes. Segundo a Acnur, a oferta continua de pé.
Van Genderen Stort disse que a agência não solicitou uma investigação oficial sobre as mortes, mas que ela seria bem-vinda.
Os sudaneses afirmam que enfrentam racismo, desemprego e falta de assistência educacional e de saúde no Egito desde que fugiram da guerra no Sudão. Segundo a Acnur, eles têm acesso as serviços públicos egípcios.
A guerra civil entre norte e sul no Sudão durou duas décadas e deixou 4 milhões de desabrigados. Outro conflito, na região de Darfur, deixou outros 2 milhões de refugiados.
Um acordo de paz em janeiro de 2005 encerrou a guerra civil, mas muitos sudaneses afirmam que não é seguro voltar para casa, pois o acordo é frágil.
O escritório da Acnur no Egito já registrou mais de 20 mil sudaneses e calcula que eles sejam mais de 3 milhões vivendo no Egito.
Fonte:
Reuters
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/327515/visualizar/
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