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Situação em Gaza leva Abbas a estudar adiamento das eleições
A situação da segurança na Faixa de Gaza piora a cada dia, enquanto o presidente da Autoridade Nacional Palestina (ANP), Mahmoud Abbas, estuda um pedido de seus colaboradores para adiar as eleições do próximo dia 25 e incorporar o Hamas ao seu Governo.
Depois dos seqüestros de três britânicos e um italiano nos últimos dias, hoje dois japoneses quase foram capturados na cidade de Rafah.
Os dois estrangeiros, trabalhadores de uma ONG palestina, conseguiram escapar de um grupo de milicianos ao entrar no edifício no qual trabalham, de onde chamaram as forças de ordem.
Não longe de ali, também em Rafah, 200 agentes da Polícia tomaram os escritórios do Governo da ANP, e só abandonaram as instalações após várias horas.
Os policiais irromperam na sede governamental para protestar contra a falta de condições materiais para pôr fim à anarquia e ao caos generalizado no território, e para pedir ordens claras de seus superiores nesse sentido.
Fontes dos organismos de segurança da ANP disseram que se trata do mesmo grupo que, na última sexta-feira, tomou o terminal fronteiriço de Rafah, limítrofe com o Egito.
Na ocasião, os policiais protestaram contra morte de um de seus companheiros nas mãos de membros de um clã vizinho dois dias antes, em um assalto armado a uma delegacia na Cidade de Gaza.
Rafah também foi cenário de uma manifestação hoje, realizada por milicianos das "Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa", facção armada vinculada ao Fatah, que exigiam ser contratados pelas forças de segurança.
Ao caos interno se somam as advertências das diferentes facções armadas sobre o fim da trégua com Israel, em 31 de dezembro, que pode desencadear um novo ciclo de violência e pôr em risco as eleições legislativas de 25 de janeiro.
A periculosidade da situação não passou despercebida pelo presidente palestino, que está em viagem pelo Golfo Pérsico com o objetivo de conseguir apoio financeiro para enfrentar as despesas do Governo.
Do Catar, Abbas pediu calma a todos os palestinos, e que não dêem desculpas a Israel para que proíba as eleições em Jerusalém, segundo disse, argumento que o levaria a adiar o pleito.
"Estamos todos de acordo que Jerusalém deve ser incluída no processo eleitoral, e se não for, todas as facções e partidos concordam que não deve haver eleições", disse Abbas em declarações à rede de televisão Al Jazira.
Essa é a primeira vez que o presidente palestino se refere a essa possibilidade, já que até agora tinha rejeitado os pedidos de um grupo de ilustres colaboradores para adiar a votação, diante do temor de uma vitória dos islamitas do movimento Hamas.
Alguns comentaristas já interpretaram suas declarações como uma espécie de "sonda" na mídia, e que o Hamas poderia ser parte de um acordo para ser incorporado ao Governo da ANP sem a necessidade de eleições no momento.
Israel ainda não confirmou se autorizará o voto em Jerusalém Oriental, onde moram cerca de 230 mil palestinos que participaram das eleições de 1996 e de janeiro de 2005.
Enquanto isso, e apesar dos seqüestros de estrangeiros, dezenas de observadores europeus, que chegavam desde a sexta feira a Israel, começaram a se instalar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza para supervisionar o processo.
"Hoje os acomodaremos em seus respectivos lugares, segundo o previsto", disse o porta-voz da missão, Mathias Eick.
Eick informou que quatro dos recém chegados cumprirão sua missão na Faixa de Gaza, e se somarão a um grupo de 14 que já prestava seus serviços na organização do pleito, e a dezenas de supervisores europeus na passagem de Rafah, entre o território palestino e Egito.
O Ministério de Assuntos Exteriores de Israel não pôs obstáculos à chegada dos supervisores, que ficarão sob a proteção da Polícia palestina nos territórios sob controle da ANP.
Depois dos seqüestros de três britânicos e um italiano nos últimos dias, hoje dois japoneses quase foram capturados na cidade de Rafah.
Os dois estrangeiros, trabalhadores de uma ONG palestina, conseguiram escapar de um grupo de milicianos ao entrar no edifício no qual trabalham, de onde chamaram as forças de ordem.
Não longe de ali, também em Rafah, 200 agentes da Polícia tomaram os escritórios do Governo da ANP, e só abandonaram as instalações após várias horas.
Os policiais irromperam na sede governamental para protestar contra a falta de condições materiais para pôr fim à anarquia e ao caos generalizado no território, e para pedir ordens claras de seus superiores nesse sentido.
Fontes dos organismos de segurança da ANP disseram que se trata do mesmo grupo que, na última sexta-feira, tomou o terminal fronteiriço de Rafah, limítrofe com o Egito.
Na ocasião, os policiais protestaram contra morte de um de seus companheiros nas mãos de membros de um clã vizinho dois dias antes, em um assalto armado a uma delegacia na Cidade de Gaza.
Rafah também foi cenário de uma manifestação hoje, realizada por milicianos das "Brigadas dos Mártires de Al-Aqsa", facção armada vinculada ao Fatah, que exigiam ser contratados pelas forças de segurança.
Ao caos interno se somam as advertências das diferentes facções armadas sobre o fim da trégua com Israel, em 31 de dezembro, que pode desencadear um novo ciclo de violência e pôr em risco as eleições legislativas de 25 de janeiro.
A periculosidade da situação não passou despercebida pelo presidente palestino, que está em viagem pelo Golfo Pérsico com o objetivo de conseguir apoio financeiro para enfrentar as despesas do Governo.
Do Catar, Abbas pediu calma a todos os palestinos, e que não dêem desculpas a Israel para que proíba as eleições em Jerusalém, segundo disse, argumento que o levaria a adiar o pleito.
"Estamos todos de acordo que Jerusalém deve ser incluída no processo eleitoral, e se não for, todas as facções e partidos concordam que não deve haver eleições", disse Abbas em declarações à rede de televisão Al Jazira.
Essa é a primeira vez que o presidente palestino se refere a essa possibilidade, já que até agora tinha rejeitado os pedidos de um grupo de ilustres colaboradores para adiar a votação, diante do temor de uma vitória dos islamitas do movimento Hamas.
Alguns comentaristas já interpretaram suas declarações como uma espécie de "sonda" na mídia, e que o Hamas poderia ser parte de um acordo para ser incorporado ao Governo da ANP sem a necessidade de eleições no momento.
Israel ainda não confirmou se autorizará o voto em Jerusalém Oriental, onde moram cerca de 230 mil palestinos que participaram das eleições de 1996 e de janeiro de 2005.
Enquanto isso, e apesar dos seqüestros de estrangeiros, dezenas de observadores europeus, que chegavam desde a sexta feira a Israel, começaram a se instalar na Cisjordânia e na Faixa de Gaza para supervisionar o processo.
"Hoje os acomodaremos em seus respectivos lugares, segundo o previsto", disse o porta-voz da missão, Mathias Eick.
Eick informou que quatro dos recém chegados cumprirão sua missão na Faixa de Gaza, e se somarão a um grupo de 14 que já prestava seus serviços na organização do pleito, e a dezenas de supervisores europeus na passagem de Rafah, entre o território palestino e Egito.
O Ministério de Assuntos Exteriores de Israel não pôs obstáculos à chegada dos supervisores, que ficarão sob a proteção da Polícia palestina nos territórios sob controle da ANP.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/327933/visualizar/
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