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PF investiga doleiro e reforça indícios de mensalão para o PL
A Polícia Federal rastreou US$ 334 mil em operações do doleiro Lúcio Funaro em paraísos fiscais, quase todas feitas no período em que a Guaranhuns Empreendimentos - empresa à qual é ligado - recebeu dinheiro do valerioduto para fazer pagamentos ao Pardido Liberal (PL).
O rastreamento reforça as suspeitas de que parte do mensalão tenha sido pago por contas de doleiros em paraísos fiscais. As novas descobertas complicam a situação do homem que os parlamentares chamam de "testemunha-bomba".
Funaro já foi convocado a depor na CPI dos Correios, o que vem causando temores no Congresso. Ele tem mandado recados à comissão de que, se chegar a depor, vai revelar envolvimento de políticos até agora poupados pela crise.
A investigação da PF revela que esse personagem-chave tanto enviou como recebeu dinheiro via MTB, um banco americano utilizado por doleiros brasileiros para lavar recursos. Os dados foram repassados à polícia brasileira pela Promotoria Distrital de Nova York, que investiga conexões do MTB com lavagem de dinheiro do terrorismo e do narcotráfico.
Os peritos da Polícia Federal identificaram três operações em nome de Funaro e uma em nome da Esfort Trading, offshore com sede no Uruguai que detém 99% das cotas da Guaranhuns. Em moeda nacional, essas operações valeriam hoje algo como R$ 835 mil. Segundo relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) obtido pelo Estado, a Esfort Trading é de Funaro.
As operações ocorreram entre março e outubro de 2003, o mesmo período em que o empresário Marcos Valério de Souza repassou dinheiro à Guaranhuns. Entre fevereiro e agosto daquele ano, Valério injetou R$ 6 milhões nas contas da empresa. Três das quatro operações foram feitas com a offshore Deraboix, também do Uruguai.
Segundo as investigações da Polícia Federal, a Deraboix pertence a Richard Waterloo, um dos principais doleiros do país. A outra remessa partiu da também uruguaia Maximus S.A., cujos donos são desconhecidos. A operação da Maximus foi a primeira rastreada pela Polícia Federal. Os registros do MTB mostram que em 7 de março de 2003 a offshore enviou US$ 35 mil para a conta 23986-3 no Banco Crédit Lyonnais, em Genebra. Como beneficiário aparece o nome "Lúcio Funaro".
Um dia antes, Valério transferira R$ 500 mil para a Guaranhuns. A segunda operação ocorreu três meses depois, em 4 de junho, quando a Deraboix remeteu US$ 100 mil para a conta 0222 no Banrisul das Ilhas Cayman, outro paraíso fiscal. Como beneficiária, a Esfort Trading S.A. No mesmo dia Valério depositou R$ 200 mil na Guaranhuns. Operações semelhantes foram detectadas em setembro e outubro, além de outras realizadas em 2000 e 2002.
O rastreamento reforça as suspeitas de que parte do mensalão tenha sido pago por contas de doleiros em paraísos fiscais. As novas descobertas complicam a situação do homem que os parlamentares chamam de "testemunha-bomba".
Funaro já foi convocado a depor na CPI dos Correios, o que vem causando temores no Congresso. Ele tem mandado recados à comissão de que, se chegar a depor, vai revelar envolvimento de políticos até agora poupados pela crise.
A investigação da PF revela que esse personagem-chave tanto enviou como recebeu dinheiro via MTB, um banco americano utilizado por doleiros brasileiros para lavar recursos. Os dados foram repassados à polícia brasileira pela Promotoria Distrital de Nova York, que investiga conexões do MTB com lavagem de dinheiro do terrorismo e do narcotráfico.
Os peritos da Polícia Federal identificaram três operações em nome de Funaro e uma em nome da Esfort Trading, offshore com sede no Uruguai que detém 99% das cotas da Guaranhuns. Em moeda nacional, essas operações valeriam hoje algo como R$ 835 mil. Segundo relatório do Conselho de Controle das Atividades Financeiras (Coaf) obtido pelo Estado, a Esfort Trading é de Funaro.
As operações ocorreram entre março e outubro de 2003, o mesmo período em que o empresário Marcos Valério de Souza repassou dinheiro à Guaranhuns. Entre fevereiro e agosto daquele ano, Valério injetou R$ 6 milhões nas contas da empresa. Três das quatro operações foram feitas com a offshore Deraboix, também do Uruguai.
Segundo as investigações da Polícia Federal, a Deraboix pertence a Richard Waterloo, um dos principais doleiros do país. A outra remessa partiu da também uruguaia Maximus S.A., cujos donos são desconhecidos. A operação da Maximus foi a primeira rastreada pela Polícia Federal. Os registros do MTB mostram que em 7 de março de 2003 a offshore enviou US$ 35 mil para a conta 23986-3 no Banco Crédit Lyonnais, em Genebra. Como beneficiário aparece o nome "Lúcio Funaro".
Um dia antes, Valério transferira R$ 500 mil para a Guaranhuns. A segunda operação ocorreu três meses depois, em 4 de junho, quando a Deraboix remeteu US$ 100 mil para a conta 0222 no Banrisul das Ilhas Cayman, outro paraíso fiscal. Como beneficiária, a Esfort Trading S.A. No mesmo dia Valério depositou R$ 200 mil na Guaranhuns. Operações semelhantes foram detectadas em setembro e outubro, além de outras realizadas em 2000 e 2002.
Fonte:
Estadão
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/327943/visualizar/
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