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Decisão do BC pode provocar alta do dólar
Brasília - Entra em vigor hoje a decisão do Banco Central (BC) de acabar com limite de posição comprada em câmbio de US$ 6 milhões por instituição financeira. Anunciada na tarde da última sexta-feira, a decisão deverá provocar uma alta da cotação do dólar em relação ao real pelo menos no curto prazo. O economista-chefe da Confederação Nacional do Comércio (CNC), Carlos Thadeu de Freitas, avalia, no entanto, que a mudança não evitará a volta do processo de apreciação do real no médio e longo prazos. "O problema estrutural é a taxa de juros. Se não houver ajuste aí, ficaremos enxugando gelo", disse. Ele lembra que o real tem se valorizado nos últimos dias toda vez que o BC deixa de atuar no mercado.
Thadeu de Freitas entende que uma forma eficaz de conter a valorização do câmbio seria o BC sinalizar ao mercado que pretende efetivamente continuar com processo de redução dos juros num horizonte de tempo mais longo. "Toda vez que o BC sinaliza que será conservador e que manterá o ritmo de queda dos juros em 0,50 ponto porcentual, as taxas futuras sobem e anulam o efeito das ações no sentido de desvalorizar o real frente ao dólar", comentou.
O economista e ex-diretor do BC também acha que chegou a hora do Comitê de Política Monetária (Copom) cortar os juros de forma mais agressiva na reunião deste mês. "O Copom tem que reduzir os juros em 0,75 ponto porcentual", afirmou.
No campo das normas cambiais, Thadeu de Freitas acha que o BC poderá tomar medidas no sentido de penalizar os bancos com excesso de posição vendida em câmbio. "O BC poderá, por exemplo, exigir mais capital dos bancos com posição vendida", disse. Ele não descarta sequer a hipótese de o governo decidir passar a tributar com o IOF os fluxos de recursos externos para o País.
"Como é difícil cobrar este tipo de imposto no mercado de derivativos, eles poderão colocar algum IOF no fluxo", disse. A decisão de acabar com o limite de posição comprada, segundo Thadeu de Freitas, já era esperada pelo mercado há algum tempo. "Este tipo de limite era válido para uma conjuntura mais conturbada em que havia uma disparada do dólar e o BC precisava conter a demanda pela moeda estrangeira. A situação hoje é totalmente diferente", disse.
Thadeu de Freitas entende que uma forma eficaz de conter a valorização do câmbio seria o BC sinalizar ao mercado que pretende efetivamente continuar com processo de redução dos juros num horizonte de tempo mais longo. "Toda vez que o BC sinaliza que será conservador e que manterá o ritmo de queda dos juros em 0,50 ponto porcentual, as taxas futuras sobem e anulam o efeito das ações no sentido de desvalorizar o real frente ao dólar", comentou.
O economista e ex-diretor do BC também acha que chegou a hora do Comitê de Política Monetária (Copom) cortar os juros de forma mais agressiva na reunião deste mês. "O Copom tem que reduzir os juros em 0,75 ponto porcentual", afirmou.
No campo das normas cambiais, Thadeu de Freitas acha que o BC poderá tomar medidas no sentido de penalizar os bancos com excesso de posição vendida em câmbio. "O BC poderá, por exemplo, exigir mais capital dos bancos com posição vendida", disse. Ele não descarta sequer a hipótese de o governo decidir passar a tributar com o IOF os fluxos de recursos externos para o País.
"Como é difícil cobrar este tipo de imposto no mercado de derivativos, eles poderão colocar algum IOF no fluxo", disse. A decisão de acabar com o limite de posição comprada, segundo Thadeu de Freitas, já era esperada pelo mercado há algum tempo. "Este tipo de limite era válido para uma conjuntura mais conturbada em que havia uma disparada do dólar e o BC precisava conter a demanda pela moeda estrangeira. A situação hoje é totalmente diferente", disse.
Fonte:
agencia estado
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/328037/visualizar/
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