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Internacional
Segunda - 02 de Janeiro de 2006 às 07:07

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O presidente dos Estados Unidos, George W. Bush, defendeu hoje energicamente seu programa de espionagem dentro do país que, sem autorização judicial, vigia as comunicações de supostos terroristas, em uma visita a soldados feridos em combate. Bush - que terminou hoje alguns dias de descanso no Texas por ocasião do fim do ano - viajou de helicóptero de seu rancho em Crawford para a base Randolph da Força Aérea, e dali foi de carro para o Centro Médico Brooke do Exército, em Fort Sam Houston, onde se reuniu com soldados feridos e seus parentes.

"Este hospital tem pessoal compassivo, que se preocupa profundamente de nossos homens e mulheres de uniforme", disse Bush.

"Também está cheio de soldados, infantes da Marinha e pilotos valentes".

Em uma conversa com os jornalistas, Bush respondeu às críticas que recebeu pelo fato de ter autorizado a Agência de Segurança Nacional (NSA, em inglês) a vigiar as ligações telefônicas e e-mails internacionais de pessoas nos EUA com supostos vínculos terroristas.

"Parece-me lógico que, se sabemos que há um número de telefone vinculado à Al Qaeda ou que há uma pessoa vinculada à Al Qaeda e estão fazendo ligações, acho que tem sentido que investiguemos do que se trata", disse Bush.

Segundo Bush, "eles nos atacaram antes e voltarão a nos atacar".

Os EUA lançaram uma "guerra global contra o terrorismo" depois dos atentados terroristas de 11 de setembro de 2001, que mataram ou feriram mais de 3.500 pessoas.

Bush reiterou hoje sua opinião de que o vazamento para a imprensa da existência de seu programa de espionagem clandestino dentro do país "causou um grande dano à segurança nacional".

"Este é um programa limitado que busca impedir ataques contra os EUA e, repito, é limitado", acrescentou Bush. "Acho que a maioria dos americanos compreende a necessidade de investigarmos o que o inimigo está planejando". O jornal The New York Times, que em 16 de dezembro revelou a existência do programa de escutas sem autorização judicial, afirmou na semana passada que a espionagem afetou milhares de pessoas. Bush afirmou que continuará com o programa.




Fonte: EFE

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