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Nacional
Segunda - 02 de Janeiro de 2006 às 07:06

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O presidente Luiz Inácio Lula da Silva afirmou que o PT "cometeu um erro de gravidade incomensurável" ao comentar a existência de caixa 2 nas campanhas do partido. "O partido vai sangrar para recuperar a imagem junto à sociedade", disse em entrevista exibida hoje no Fantástico. Por outro lado, Lula disse que o erro não foi do partido, mas de algumas pessoas. "Se 10 cometem erros, não quer dizer que o PT errou."

Ele afirmou que não sabia dos empréstimos que o partido tomou. "Como vamos saber o que se passa agora fora desta sala?", disse Lula ao entrevistador, Pedro Bial. "Só há três hipóteses de você saber: quando você participa da reunião, quando alguém que participou te conta ou por denúncia", afirmou o presidente. "O que é importante não é se você sabia ou não, porque se eu tivesse condições de saber não teria acontecido."

Lula disse que sentiu como se houvesse levado uma "facada nas costas". "Me considero traido porque dediquei parte da minha vida para construir o PT e alguns companheiros usaram práticas que nao estão de acordo com o partido."

Ele salientou, entretanto, que o governo esta empenhado em investigar denúncias e punir os eventuais culpados. "As CPIs estao funcionando sem nenhum obstáculo. Tudo o que eu quero é que investiguem tudo." E completou "estou convencido que nenhum governo na historia colocou tanto aparato todo para investigar corrupção. A Polícia Federal trabalhou agora o que não trabalhou nos últimos 20 anos", afirmou.

Lula lamentou o fato de que a crise política em 2005, segundo ele, abafou as conquistas de seu governo, entre as quais ele destacou a criação de empregos e aumento de salários, além de investimentos na política social.

Reeleição O presidente não descartou a hipótese de concorrer à reeleição, apesar de se dizer contrário à prática. "Minha preocupação é governar o Brasil até 31 de dezembro. Se no meio do ano quiserem que eu seja candidato, não tem problemas."

Lula antecipou, entretanto, que caso venha a concorrer novamente à Presidência, não irá tomar "medidas populistas para ganhar votos". "O problema do Brasil é que o País é pensado de quatro em quatro anos."

O presidente cumprimentou o povo brasileiro e aproveitou para desejar um feliz 2006. "Tomara que o ano 2006 seja melhor que qualquer outro. O nosso povo merece."




Fonte: Terra

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