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Internacional
Sábado - 31 de Dezembro de 2005 às 17:45

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Moscou, 30 dez (EFE).- A imprensa russa divulgou hoje uma fotografia, cedida pela inteligência militar israelense, que confirma as acusações de que Israel foi atacado pela guerrilha libanesa Hisbolá com mísseis que a Rússia tinha vendido à Síria.

A foto, cedida ao jornal Kommersant e publicada hoje pela publicação digital Newsru.com, mostra o fragmento de um projétil de lança-granadas antitanque com jatos de propulsão (RPG) com o número de série e outros dados que confirmam sua fabricação russa.

Um alto dirigente da inteligência militar israelense disse ao Kommersant que, há um mês, as milícias do Hisbolá lançaram dez foguetes contra Israel com o lança-granadas antitanque de uso múltiplo RPG-29.

"Tenho, no meu escritório, os restos de um deles, nos quais podem ser lidos claramente os dados em russo", disse a fonte, que permitiu que os fragmentos fossem fotografados e explicou que pertencem a um lote de mísseis que a Rússia tinha vendido à Síria em 2000.

Uma fonte do Ministério da Defesa russo confirmou ao jornal que a Rússia tinha vendido a Damasco um lote de RPG-29 "Vampiro", de calibre 105 milímetros, "no final da década passada e início da atual".

A fonte militar russa também insistiu que a transferência dessas armas não é proibida pelos pactos internacionais que regulamentam as vendas das armas convencionais e de tecnologias de duplo uso, civil e militar.

Entretanto, os ministérios da Defesa e dos Exteriores russos desmentiram ontem e hoje as denúncias feitas ontem pelo chefe da inteligência militar israelense, o general Aharon Zeevi-Farkash, de que, nos ataques a Israel, o Hisbolá usa "granadas impulsionadas a reação que a Síria tinha comprado da Rússia".

"Rússia e Síria mostraram seus autênticos rostos. Eles vendem e compram armas com o compromisso de não transferi-las a outras mãos.

Depois, estas armas são usadas de forma descarada contra nós", disse o general israelense no jornal Yediot Ahronot.

Zeevi-Farkash denunciou que, nos últimos anos, a Síria recebeu da Rússia foguetes de longo alcance que, depois, entregou ao Hisbolá.

Segundo ele, por esta razão Israel tinha se oposto a que Moscou vendesse mísseis portáteis "terra-ar" SA-18 a Damasco.

"Estes mísseis são destinados exclusivamente para abater alvos aéreos. É impossível usá-los em ataques de precisão contra alvos terrestres", declarou ontem um representante do Estado-Maior Geral do Exército russo.

Portanto, "as afirmações de que o Hisbolá utiliza mísseis russos SA-18 para atacar o território israelense só podem ser classificadas como infundadas e gratuitas", disse o oficial à agência Interfax.

"A Rússia não vendeu mísseis portáteis à Síria, pelo menos nos últimos anos", acrescentou.

O porta-voz do Ministério dos Exteriores russo, Mikhail Kaminin, declarou hoje que as acusações da inteligência militar israelense "não têm fundamentos" e garantiu que a "Rússia cumpre estritamente suas obrigações internacionais" em matéria de não-proliferação de armas.

"Nosso sistema de controle das exportações de armamento é um dos mais rigorosos e seguros, e exclui a possibilidade de as armas acabarem em mãos alheias", disse à imprensa o porta-voz russo. EFE ma rgf/ag Moscou, 30 dez (EFE).- A imprensa russa divulgou hoje uma fotografia, cedida pela inteligência militar israelense, que confirma as acusações de que Israel foi atacado pela guerrilha libanesa Hisbolá com mísseis que a Rússia tinha vendido à Síria.

A foto, cedida ao jornal Kommersant e publicada hoje pela publicação digital Newsru.com, mostra o fragmento de um projétil de lança-granadas antitanque com jatos de propulsão (RPG) com o número de série e outros dados que confirmam sua fabricação russa.

Um alto dirigente da inteligência militar israelense disse ao Kommersant que, há um mês, as milícias do Hisbolá lançaram dez foguetes contra Israel com o lança-granadas antitanque de uso múltiplo RPG-29.

"Tenho, no meu escritório, os restos de um deles, nos quais podem ser lidos claramente os dados em russo", disse a fonte, que permitiu que os fragmentos fossem fotografados e explicou que pertencem a um lote de mísseis que a Rússia tinha vendido à Síria em 2000.

Uma fonte do Ministério da Defesa russo confirmou ao jornal que a Rússia tinha vendido a Damasco um lote de RPG-29 "Vampiro", de calibre 105 milímetros, "no final da década passada e início da atual".

A fonte militar russa também insistiu que a transferência dessas armas não é proibida pelos pactos internacionais que regulamentam as vendas das armas convencionais e de tecnologias de duplo uso, civil e militar.

Entretanto, os ministérios da Defesa e dos Exteriores russos desmentiram ontem e hoje as denúncias feitas ontem pelo chefe da inteligência militar israelense, o general Aharon Zeevi-Farkash, de que, nos ataques a Israel, o Hisbolá usa "granadas impulsionadas a reação que a Síria tinha comprado da Rússia".

"Rússia e Síria mostraram seus autênticos rostos. Eles vendem e compram armas com o compromisso de não transferi-las a outras mãos.

Depois, estas armas são usadas de forma descarada contra nós", disse o general israelense no jornal Yediot Ahronot.

Zeevi-Farkash denunciou que, nos últimos anos, a Síria recebeu da Rússia foguetes de longo alcance que, depois, entregou ao Hisbolá.

Segundo ele, por esta razão Israel tinha se oposto a que Moscou vendesse mísseis portáteis "terra-ar" SA-18 a Damasco.

"Estes mísseis são destinados exclusivamente para abater alvos aéreos. É impossível usá-los em ataques de precisão contra alvos terrestres", declarou ontem um representante do Estado-Maior Geral do Exército russo.

Portanto, "as afirmações de que o Hisbolá utiliza mísseis russos SA-18 para atacar o território israelense só podem ser classificadas como infundadas e gratuitas", disse o oficial à agência Interfax.

"A Rússia não vendeu mísseis portáteis à Síria, pelo menos nos últimos anos", acrescentou.

O porta-voz do Ministério dos Exteriores russo, Mikhail Kaminin, declarou hoje que as acusações da inteligência militar israelense "não têm fundamentos" e garantiu que a "Rússia cumpre estritamente suas obrigações internacionais" em matéria de não-proliferação de armas.

"Nosso sistema de controle das exportações de armamento é um dos mais rigorosos e seguros, e exclui a possibilidade de as armas acabarem em mãos alheias", disse à imprensa o porta-voz russo.




Fonte: 24 Horas News

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