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Brasileiro critica regras do rali Dakar, em Lisboa
O piloto brasileiro Klever Kolberg, que no sábado larga na categoria automóveis no rali Dakar, em Lisboa, afirma que os regulamentos da competição favorecem as equipes de fábrica, em detrimento das equipes comuns. Para ele, as regras deveriam ser alteradas.
"Se for contar tudo o que foi gasto, as equipes de fábrica devem chegar aos 25 milhões de euros (o equivalente a cerca de R$ 69 milhões). É um investimento muito alto que acaba centralizando a chance de vitória nelas", afirmou Kolberg, que pilota uma Nissan, numa categoria em que participam 275 carros.
"Mas a expectativa é que a organização coloque um limite nisso para trazer competitividade à categoria".
Nas categorias de motos e caminhões, as diferenças entre os veículos que saem da fábrica e os que chegam às competições é menor, dando maiores chances aos concorrentes.
Otimismo
A bordo de um caminhão de fabricação tcheca Tatra, André Azevedo, que há 18 anos corre o rali Dakar (10 anos com motos, um com carro e sete nos caminhões) é o brasileiro mais otimista.
"Nesses sete anos que participei com caminhão sempre estive beliscando um lugar no pódio. Os melhores que consegui foram um segundo lugar, um terceiro, um quarto, um sexto, um décimo e uma quebra. Então estamos pensando que este ano vamos estar entre os 'top five' e quiçá um primeiro lugar".
André, que vai ter 282 concorrentes, explica o que acredita serem as vantagens de correr num caminhão:
"Tem três pessoas, há mais espaços para levar peças e ferramentas, tem um pouco mais de conforto no deserto, traz um pouco de tranqüilidade psicológica no caso de uma pane, porque tenho gerador e grupo de solda".
"A terceira pessoa funciona como facilitador, então as brigas internas diminuem muito. Porque numa competição dessas você está no limite o tempo todo e as tolerâncias acabam. E o caminhão, embora sendo mais pesado, tem melhores condições do que os carros de superar as dunas e outras dificuldades", diz André.
Sem navegador
A aposta de Jean Azevedo, que vai estar numa moto KTM é chegar entre os dez primeiros entre as 252 motos que vão partir de Portugal para a capital do Senegal.
"Este ano eu treinei bastante no Brasil, fiz várias provas, consegui vencer o rali dos Sertões que contou como etapa do campeonato mundial. Em relação ao ano passado, os regulamentos para motos mudaram e esta moto já foi feita dentro dos novos regulamentos. Eu vou brigar para ficar entre os dez primeiros", afirma.
Jean, que dois dias antes da partida enfrentava uma gripe, estava no rali pela oitava vez. Ano retrasado esteve em quinto lugar e em 2004 ficou em sétimo. Ele fez uma avaliação do que é correr o rali em moto.
"É diferente de tudo, principalmente do Brasil, que não tem deserto. E na moto você pilota e navega ao mesmo tempo, não tem navegador. Tem que ter bastante atenção. O pior é quando você está a 160 por hora e aparece uma erosão. As surpresas no deserto são o grande risco da competição".
Mesmo competindo contra equipes com muito mais estrutura, Kolberg considera que tem chances. No ano passado, ele ficou em décimo lugar, apesar de 17 carros de equipes de fábrica participarem da prova.
"Sem um pouco de sonho, nem vale pensar em entrar na competição. A gente sempre quer chegar na frente de alguns deles. São equipes com uma estrutura muito grande e a gente precisa ter uma estratégia muito forte. Como eles vão brigar entre si, existe um espaço para nós", afirma Kolberg.
"Se for contar tudo o que foi gasto, as equipes de fábrica devem chegar aos 25 milhões de euros (o equivalente a cerca de R$ 69 milhões). É um investimento muito alto que acaba centralizando a chance de vitória nelas", afirmou Kolberg, que pilota uma Nissan, numa categoria em que participam 275 carros.
"Mas a expectativa é que a organização coloque um limite nisso para trazer competitividade à categoria".
Nas categorias de motos e caminhões, as diferenças entre os veículos que saem da fábrica e os que chegam às competições é menor, dando maiores chances aos concorrentes.
Otimismo
A bordo de um caminhão de fabricação tcheca Tatra, André Azevedo, que há 18 anos corre o rali Dakar (10 anos com motos, um com carro e sete nos caminhões) é o brasileiro mais otimista.
"Nesses sete anos que participei com caminhão sempre estive beliscando um lugar no pódio. Os melhores que consegui foram um segundo lugar, um terceiro, um quarto, um sexto, um décimo e uma quebra. Então estamos pensando que este ano vamos estar entre os 'top five' e quiçá um primeiro lugar".
André, que vai ter 282 concorrentes, explica o que acredita serem as vantagens de correr num caminhão:
"Tem três pessoas, há mais espaços para levar peças e ferramentas, tem um pouco mais de conforto no deserto, traz um pouco de tranqüilidade psicológica no caso de uma pane, porque tenho gerador e grupo de solda".
"A terceira pessoa funciona como facilitador, então as brigas internas diminuem muito. Porque numa competição dessas você está no limite o tempo todo e as tolerâncias acabam. E o caminhão, embora sendo mais pesado, tem melhores condições do que os carros de superar as dunas e outras dificuldades", diz André.
Sem navegador
A aposta de Jean Azevedo, que vai estar numa moto KTM é chegar entre os dez primeiros entre as 252 motos que vão partir de Portugal para a capital do Senegal.
"Este ano eu treinei bastante no Brasil, fiz várias provas, consegui vencer o rali dos Sertões que contou como etapa do campeonato mundial. Em relação ao ano passado, os regulamentos para motos mudaram e esta moto já foi feita dentro dos novos regulamentos. Eu vou brigar para ficar entre os dez primeiros", afirma.
Jean, que dois dias antes da partida enfrentava uma gripe, estava no rali pela oitava vez. Ano retrasado esteve em quinto lugar e em 2004 ficou em sétimo. Ele fez uma avaliação do que é correr o rali em moto.
"É diferente de tudo, principalmente do Brasil, que não tem deserto. E na moto você pilota e navega ao mesmo tempo, não tem navegador. Tem que ter bastante atenção. O pior é quando você está a 160 por hora e aparece uma erosão. As surpresas no deserto são o grande risco da competição".
Mesmo competindo contra equipes com muito mais estrutura, Kolberg considera que tem chances. No ano passado, ele ficou em décimo lugar, apesar de 17 carros de equipes de fábrica participarem da prova.
"Sem um pouco de sonho, nem vale pensar em entrar na competição. A gente sempre quer chegar na frente de alguns deles. São equipes com uma estrutura muito grande e a gente precisa ter uma estratégia muito forte. Como eles vão brigar entre si, existe um espaço para nós", afirma Kolberg.
Fonte:
terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/328236/visualizar/
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