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Grã-Bretanha encerra seu mandato na presidência da UE
Depois de conseguir a duras penas um acordo sobre o orçamento europeu, Tony Blair entrega a presidência da União Européia (UE) à Áustria no domingo, dia 1º de janeiro, iniciando ao mesmo tempo um ano que promete ser difícil no cenário interno britânico.
Depois de um começo vacilante, o balanço da presidência britânica é mais que honroso, segundo a maioria dos analistas.
A este respeito, citam o início das negociações de adesão à UE de Turquia e Croácia em outubro, a reforma da política açucareira comunitária em novembro e o acordo sobre o orçamento 2007-2013 em dezembro, além do controle de substâncias químicas e o armazenamento de dados telefônicos.
Para o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, a presidência britânica foi "excelente".
No entanto, ao fim de seis meses, durante os quais os britânicos presidiram 4.653 reuniões européias, segundo um cálculo do jornal The Independent, o balanço pode parecer apagado numa comparação às expectativas que Blair havia gerado.
Em um discurso apaixonado no Parlamento europeu em junho, o primeiro-ministro britânico se transformou em paladino de uma Europa modernizada para enfrentar os desafios da globalização, encontrando de novo "sua força, seu interesse, seus ideais e seu apoio entre os povos".
Há seis meses, Blair insistiu na necessidade de uma reorientação fundamental do orçamento em favor da ciência e da tecnologia, além de ter rejeitado qualquer questionamento sobre o "cheque" britânico sem uma nova análise da Política Agrícola Comum (PAC).
No entanto, acabou aceitando sacrificar em sete anos 10,5 bilhões de euros da devolução obtida há 21 anos por Margaret Thatcher, em troca da simples promessa de um novo exame do conjunto do orçamento para 2008-2009, incluindo os gastos da PAC.
Blair, que se apresenta como um "europeu apaixonado", tampouco conseguiu convencer uma opinião pública britânica cada vez mais cética a respeito da Europa.
Segundo uma pesquisa publicada no dia 20 de dezembro, 47% dos britânicos pensam que seu país não tira proveito do fato de pertencer à UE, contra 37% que pensam o contrário.
Da mesma maneira, as negociações orçamentárias e os sacrifícios solicitados aos novos Estados membros afetaram o prestígio de Blair nos países que apreciavam seu liberalismo e o consideravam um visionário.
Em uma Europa que permanece sem Constituição, alguns analistas destacam que Tony Blair conseguiu pelo menos fazer avançar o debate.
"A idéia corrente por toda Europa é a necessidade de uma reforma fundamental", comentou o premier depois do acordo sobre o orçamento.
Uma vez superada a etapa da presidência européia, Blair pretende se concentrar nos assuntos internos britânicos, nos quais deverá aplicar toda sua combatividade.
Blair deverá enfrentar as tensões com seu ''herdeiro político'' e ministro das Finanças Gordon Brown, o crescimento espetacular dos conservadores com seu novo líder David Cameron e a rebelião dos deputados trabalhistas, entre outros.
Apesar das pesquisas mostrarem a queda de sua popularidade após oito anos no poder, Blair tem reiterado que pretende prosseguir com as reformas, sobretudo nos campos da educação, saúde e aposentadorias.
"É difícil, luto em todas as frentes, mas desfruto desta batalha", declarou recentemente.
Depois de um começo vacilante, o balanço da presidência britânica é mais que honroso, segundo a maioria dos analistas.
A este respeito, citam o início das negociações de adesão à UE de Turquia e Croácia em outubro, a reforma da política açucareira comunitária em novembro e o acordo sobre o orçamento 2007-2013 em dezembro, além do controle de substâncias químicas e o armazenamento de dados telefônicos.
Para o presidente da Comissão Européia, José Manuel Durão Barroso, a presidência britânica foi "excelente".
No entanto, ao fim de seis meses, durante os quais os britânicos presidiram 4.653 reuniões européias, segundo um cálculo do jornal The Independent, o balanço pode parecer apagado numa comparação às expectativas que Blair havia gerado.
Em um discurso apaixonado no Parlamento europeu em junho, o primeiro-ministro britânico se transformou em paladino de uma Europa modernizada para enfrentar os desafios da globalização, encontrando de novo "sua força, seu interesse, seus ideais e seu apoio entre os povos".
Há seis meses, Blair insistiu na necessidade de uma reorientação fundamental do orçamento em favor da ciência e da tecnologia, além de ter rejeitado qualquer questionamento sobre o "cheque" britânico sem uma nova análise da Política Agrícola Comum (PAC).
No entanto, acabou aceitando sacrificar em sete anos 10,5 bilhões de euros da devolução obtida há 21 anos por Margaret Thatcher, em troca da simples promessa de um novo exame do conjunto do orçamento para 2008-2009, incluindo os gastos da PAC.
Blair, que se apresenta como um "europeu apaixonado", tampouco conseguiu convencer uma opinião pública britânica cada vez mais cética a respeito da Europa.
Segundo uma pesquisa publicada no dia 20 de dezembro, 47% dos britânicos pensam que seu país não tira proveito do fato de pertencer à UE, contra 37% que pensam o contrário.
Da mesma maneira, as negociações orçamentárias e os sacrifícios solicitados aos novos Estados membros afetaram o prestígio de Blair nos países que apreciavam seu liberalismo e o consideravam um visionário.
Em uma Europa que permanece sem Constituição, alguns analistas destacam que Tony Blair conseguiu pelo menos fazer avançar o debate.
"A idéia corrente por toda Europa é a necessidade de uma reforma fundamental", comentou o premier depois do acordo sobre o orçamento.
Uma vez superada a etapa da presidência européia, Blair pretende se concentrar nos assuntos internos britânicos, nos quais deverá aplicar toda sua combatividade.
Blair deverá enfrentar as tensões com seu ''herdeiro político'' e ministro das Finanças Gordon Brown, o crescimento espetacular dos conservadores com seu novo líder David Cameron e a rebelião dos deputados trabalhistas, entre outros.
Apesar das pesquisas mostrarem a queda de sua popularidade após oito anos no poder, Blair tem reiterado que pretende prosseguir com as reformas, sobretudo nos campos da educação, saúde e aposentadorias.
"É difícil, luto em todas as frentes, mas desfruto desta batalha", declarou recentemente.
Fonte:
Terra
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/328266/visualizar/
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