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Quinta - 27 de Dezembro de 2012 às 06:57

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O ano de 2012 “não foi muito bom, mas não chegou a ser ruim” para o setor de gás natural veicular (GNV) brasileiro, disse hoje (26) à Agência Brasil o coordenador do Comitê de GNV do Instituto Brasileiro de Petróleo, Gás e Biocombustíveis (IBP), Rosalino Fernandes. Ele é também presidente da Associação Latino-Americana de Gás Natural Veicular (ALGNV).

Até novembro, foram feitas em todo o país 30.615 conversões de veículos para gás natural e, até dezembro, a expectativa é somar no ano em torno de 33 mil conversões, com possibilidade, inclusive, de superar esse número, estimou. “Talvez um pouco mais, pelo fato de que o pessoal adianta o pagamento da renovação da licença, para obter o desconto do IPVA [Imposto sobre a Propriedade de Veículos Automotores]”.

O crescimento estimado em relação ao ano passado é 2%, “maior que o do PIB [Produto Interno Bruto] do Brasil”, destacou Fernandes. De acordo com expectativa do mercado e do governo, a taxa de crescimento do PIB em 2012 deverá ficar entre 1% e 1,2%.

O coordenador do Comitê de GNV do IBP informou que a maior parte das conversões de gás natural veicular é feita por táxis, “mas o número de carros de passeio tem crescido bastante”. O IBP tem feito uma série de apresentações, seminários e conferências, buscando ampliar também o uso do GNV em veículos pesados, como ônibus e caminhões. O objetivo é abrir o mercado, visando a melhorar as condições ambientais das grandes cidades, revelou.

Para 2013, as expectativas são otimistas. Uma das razões para isso, segundo Fernandes, foi a aprovação do Projeto de Lei 1.845/2012 pela Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, que cria a Política Estadual de Gás Natural Renovável. O projeto prevê a compra de todo o biogás ou biometano produzido pelos aterros sanitários pela empresa Gas Natural Fenosa, controladora da distribuidora de gás natural Ceg Rio. O biogás será misturado ao gás natural.

Fernandes acredita que a nova lei deverá beneficiar o mercado de gás natural veicular, além do meio ambiente e dos consumidores. Salientou que a utilização da mistura de biometano ao gás natural já é praticada com sucesso na Europa. Os Estados Unidos também aderiram ao negócio. “Sai mais barato que o gás natural obtido de poços profundos. Essa mistura poderá vir a beneficiar o consumidor de GNV lá na ponta, com um preço melhor. É isso que nós estamos querendo, para estimular a utilização [do GNV]”.

O dirigente acentuou que, além disso, como o biogás é obtido a partir de lixões, ele é classificado como um combustível renovável. A expectativa do comitê é que a mistura de biometano ao gás natural comece a ser efetivada no segundo semestre de 2013.

O IBP pretende ainda, durante o próximo ano, fazer simpósios e conferências com a presença de especialistas para mostrar os benefícios e vantagens da utilização do gás natural em diversos estados brasileiros, além do Rio de Janeiro. “Ainda existe um nível de desinformação um pouco grande aqui no Brasil, o que implica na necessidade de ampliar a divulgação do produto”.






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