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Internacional
Sexta - 30 de Dezembro de 2005 às 01:53

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Washington - O governo dos EUA advertiu que as relações com o Egito serão prejudicadas, caso o presidente Hosni Mubarak insista em manter sua política de linha dura contra o liberal Ayman Nour, de 41 anos. Líder do Partido Ghad (Amanhã) e principal opositor do presidente Hosni Mubarak nas eleições de setembro, Nour foi sentenciado na semana passada a cinco anos de prisão, acusado de falsificação, provocando uma explosão de indignação entre liberais e reformistas.

O Egito é um dos principais aliados de Washington no Oriente Médio e tem papel crucial na campanha dos EUA de promover a democracia na região. A decisão do governo de Mubarak de realizar eleições este ano e enfrentar Ayman Nour, candidato da oposição, foi aplaudida pela Casa Branca. No entanto, a detenção e a condenação de Nour foram criticadas pelo governo americano.

Segundo Adam Ereli, porta-voz do Departamento de Estado americano, o caso Nour, assim como a reforma democrática no país, são fatores relevantes na relação bilateral EUA-Egito. "A forma como as autoridades egípcias atuarem neste caso e como manejarem o processo de reforma política, de abertura e transparência, serão importantes na relação bilateral", declarou Ereli.

Nour foi detido em janeiro deste ano e posto em liberdade dois meses depois, quando se apresentou como candidato de oposição ao governo Mubarak. As acusações de falsificação são relativas ao pedido feito por Nour, em 2004, para a fundação do Partido Ghad, o que exigiu centenas de assinaturas.

Nour foi declarado culpado de falsificar as assinaturas, que davam legitimidade à sua candidatura para as eleições de setembro passado. O oposicionista afirma que a condenação e prisão são tentativas de forçar sua retirada da vida política do Egito.




Fonte: EFE

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