Partido sunita iraquiano pede investigação da morte de 20 presos

O Partido Islâmico do Iraque (PII), um dos mais importantes dos árabes sunitas do país, pediu hoje que os ministérios da Justiça, Defesa e de Direitos Humanos investiguem a morte de 20 presos na quarta-feira, em uma prisão de Bagdá. "Os ministérios sobre os quais recai a responsabilidade deste fato devem encontrar os assassinos e apresentá-los à Justiça imediatamente", afirmou o PII em comunicado, antes de manifestar seu repúdio a essa "brutal ação criminosa".

A formação política advertiu que "essas escandalosas violações dos direitos humanos fazem o país deslizar para um precipício perigoso".

Para o partido, este tipo de ação "coloca em risco igualmente os que estão em liberdade ou presos", por isso o partido pediu que os responsáveis iraquianos "tire os reclusos das prisões, já que a maioria é inocente".

A nota acrescenta que "este incidente e dezenas de outros que sabemos ter acontecido dentro das escuras prisões revela a trágica situação vivida pelos detidos nas prisões da ocupação (americana), e os ministérios de Interior e da Defesa".

Por último, o PII considerou que o que acontece nas prisões iraquianas confirma também o grau de rigor com que os reclusos são tratados, no momento em que (as autoridades) "fazem alarde da democracia, da liberdade, do fim da injustiça, opressão e cemitérios clandestinos".