Governo poderia liberar aplicação do FGTS no mercado financeiro, defende associação

A aplicação de parte dos recursos do Fundo de Garantia do Tempo de Serviço (FGTS) no mercado financeiro poderia alavancar o setor. A idéia é defendida por Alfried Plöger, presidente da Associação Brasileira das Companhias Abertas (Abrasca). A medida também garantiria uma rentabilidade maior aos trabalhadores, afirma.

"Se o governo aceitasse a proposta nossa de usar apenas 1% do Fundo de Garantia para que o trabalhador tivesse a opção de investir em empresas abertas, a exemplo do que se fez com a Petrobrás e a Companhia Vale do Rio Doce, isso, evidentemente, seria um passo fabuloso para a popularização do mercado de capitais", analisou o presidente da Abrasca.

Ele lembrou que nessas duas ofertas de ações, coordenadas pelo Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES), em 2000 e 2002, o interesse mostrado pelos trabalhadores por esses investimentos foi bem significativo, além da rentabilidade, que superou as expectativas. Somente em 2002, as ações da Petrobrás haviam valorizado 61,4% e da Vale 70,9%.

Alfried Plöger lamentou que a proposta formulada pelas empresas com essa finalidade não tenha ainda avançado no Congresso Nacional. "Está presa no Senado. Mas, a meu ver, essa seria uma medida das mais salutares", reiterou.