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Cidades/Geral
Quinta - 29 de Dezembro de 2005 às 09:09

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Representantes dos clubes de serviço e associações de moradores de bairros solicitaram cautela aos vereadores na votação do projeto de lei que redefine os valores venais dos imóveis prediais e territoriais urbanos. O pedido foi feito durante a reunião da manhã desta quarta-feira (28) para discutir o projeto de lei que influencia diretamente nos valores que serão cobrados no Imposto Predial e Territorial Urbano (IPTU).

Os representantes da sociedade avaliaram que é necessário sim reajustar os valores venais (base de cálculo do imposto cobrado pela prefeitura), mas consideraram que o projeto está tramitando em época imprópria, final de ano. De acordo com eles, o prefeito Adilton Sachetti deveria ter discutido com a sociedade o projeto antes de encaminhá-lo à Câmara Municipal.

Para eles, o reajuste está vindo num período de crise econômica grave na região que possui como base o agronegócio, que não atravessa boa fase, causando queda de movimento no comércio e desemprego.

Nos últimos oito anos, ou seja, nas duas últimas gestões não houve alterações nos valores venais. As administrações alteraram as alíquotas de cobrança do imposto.

Além da alteração do valor venal, a proposta da prefeitura é reajustar em 6,72% o valor do imposto e rever o zoneamento da cidade e a alíquota aplicada em cada bairro.

O presidente da Associação Comercial e Industrial de Rondonópolis (ACIR), Luiz Fernando Homem Filho, argumentou que é necessário fazer o reajuste , em decorrência da valorização dos imóveis, mas ressaltou que o aumento vai pesar para todos. “Entendo que se isso chegou a este ponto, todos nós temos culpa, mas temos que entender que não há como arrumar tudo de uma só vez. O IPTU vai ficar mais caro e isso vai pesar no bolso de todos nós”, ressaltou.

Para o presidente da União Rondonopolitana de Associações de Moradores de Bairro (Uramb), Hélio Luz, destacou que o prefeito é um homem honesto mas está pecando por não discutir as propostas com a população. “Não se pode aumentar tudo e mandar a população pagar. O povo não vai conseguir pagar, só vai aumentar a dívida ativa do município, o que queremos é que o prefeito seja um homem sério mas que também seja sensível. Este projeto não deveria ser votado neste ano”, argumentou.

O professor Ademar Lima Carvalho declarou que não há como se opor ao reajuste, mas considerou como “má fé”, o projeto ser mandado somente em dezembro para o Legislativo. “Esta lei não está clara para a população. Este é um projeto para ser aplicado durante toda uma gestão, não de uma só vez e tão rapidamente”, frisou.




Fonte: Primeira Hora

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