Repórter News - reporternews.com.br
Professores ensinam mal sobre alimentação, diz estudo
São Paulo - Quando o assunto é alimentação, professores do ensino fundamental das escolas de Brasília têm passado informações equivocadas a seus alunos. Essa é a principal conclusão de uma pesquisa feita pela nutricionista Patrícia Martins, que entrevistou 267 professores de 52 escolas públicas e privadas.
O principal problema detectado pelo estudo está na apresentação correta da pirâmide alimentar. Importante instrumento teórico utilizado por nutricionistas em todo o mundo, o conceito geométrico é fundamental para indicar uma dieta equilibrada.
Os alimentos que estão mais no topo da figura devem ser consumidos em quantidades mínimas. Os que aparecem na base devem ser ingeridos com grande freqüência.
“Apenas 29% dos professores entrevistados acertaram a localização e a função exata dos alimentos na pirâmide alimentar”, disse Patrícia. “A maioria colocou na base frutas, verduras e proteínas, no lugar dos carboidratos, que foram citados em último lugar.”
Para a nutricionista, outro equívoco notado foi a associação freqüente entre massas e pães com o risco de desenvolver obesidade. Com as informações alimentares equivocadas, os alunos acabam aceitando a idéia de que a única forma de ter uma alimentação saudável é consumindo frutas, verduras e carnes.
“Isso faz parte do conceito ‘light’, que é uma forte tendência atual, mas os carboidratos nunca devem ser excluídos da dieta, pois são essenciais para fornecer a energia primária de que o organismo necessita”, alerta.
A pesquisadora lembra que a base da pirâmide alimentar deve conter carboidratos como massas, pães e cereais. Logo em seguida, entram as frutas e hortaliças para, em um nível superior, aparecerem os alimentos protéicos como leite, ovos e carnes. “No topo devem estar os energéticos extras, constituídos pelas gorduras e açúcares”, explica.
O estudo indica que a culpa não está apenas nos educadores, mas também nas fontes de consulta. “Eles se atualizam em primeiro lugar nos livros didáticos e, em segundo lugar, pela mídia”, afirma Patrícia.
A pesquisadora analisou 48 livros didáticos do ensino fundamental utilizados pelos entrevistados. “Nenhum deles cita a pirâmide alimentar como referência. Todos se baseiam apenas em um modelo nutricional extremamente desatualizado, da década de 1970, conhecido como roda dos alimentos”, adverte.
O estudo Noções conceituais e práticas educativas em alimentação e nutrição dos professores de 1.ª a 4.ª séries do Distrito Federal foi apresentado como dissertação de mestrado no Departamento de Nutrição (NUT) da Universidade de Brasília (UnB). A orientação foi de Denise Oliveira, da Função Oswaldo Cruz (Fiocruz).
O principal problema detectado pelo estudo está na apresentação correta da pirâmide alimentar. Importante instrumento teórico utilizado por nutricionistas em todo o mundo, o conceito geométrico é fundamental para indicar uma dieta equilibrada.
Os alimentos que estão mais no topo da figura devem ser consumidos em quantidades mínimas. Os que aparecem na base devem ser ingeridos com grande freqüência.
“Apenas 29% dos professores entrevistados acertaram a localização e a função exata dos alimentos na pirâmide alimentar”, disse Patrícia. “A maioria colocou na base frutas, verduras e proteínas, no lugar dos carboidratos, que foram citados em último lugar.”
Para a nutricionista, outro equívoco notado foi a associação freqüente entre massas e pães com o risco de desenvolver obesidade. Com as informações alimentares equivocadas, os alunos acabam aceitando a idéia de que a única forma de ter uma alimentação saudável é consumindo frutas, verduras e carnes.
“Isso faz parte do conceito ‘light’, que é uma forte tendência atual, mas os carboidratos nunca devem ser excluídos da dieta, pois são essenciais para fornecer a energia primária de que o organismo necessita”, alerta.
A pesquisadora lembra que a base da pirâmide alimentar deve conter carboidratos como massas, pães e cereais. Logo em seguida, entram as frutas e hortaliças para, em um nível superior, aparecerem os alimentos protéicos como leite, ovos e carnes. “No topo devem estar os energéticos extras, constituídos pelas gorduras e açúcares”, explica.
O estudo indica que a culpa não está apenas nos educadores, mas também nas fontes de consulta. “Eles se atualizam em primeiro lugar nos livros didáticos e, em segundo lugar, pela mídia”, afirma Patrícia.
A pesquisadora analisou 48 livros didáticos do ensino fundamental utilizados pelos entrevistados. “Nenhum deles cita a pirâmide alimentar como referência. Todos se baseiam apenas em um modelo nutricional extremamente desatualizado, da década de 1970, conhecido como roda dos alimentos”, adverte.
O estudo Noções conceituais e práticas educativas em alimentação e nutrição dos professores de 1.ª a 4.ª séries do Distrito Federal foi apresentado como dissertação de mestrado no Departamento de Nutrição (NUT) da Universidade de Brasília (UnB). A orientação foi de Denise Oliveira, da Função Oswaldo Cruz (Fiocruz).
Fonte:
Agência Fapesp
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/328574/visualizar/
Comentários