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Nacional
Quinta - 29 de Dezembro de 2005 às 01:12

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Porto Príncipe - O primeiro-ministro do Haiti, Gérard Latortue, disse na noite de ontem que as eleições presidenciais e legislativas previstas para 8 de janeiro de 2006 serão "provavelmente adiadas". Segundo Latortue, a data mais provável para a realização das eleições seria "no final de janeiro".

Desde o começo desta semana, o órgão eleitoral começou uma série de consultas com líderes de vários partidos políticos para avaliar suas inquietações e propostas a respeito do pleito.

O presidente do Conselho Eleitoral (CEP), Max Mathurin, prevê que no final desta semana as autoridades eleitorais estarão em condições de pronunciar-se sobre a manutenção ou o cancelamento da data de 8 de janeiro.

O Conselho Nacional de Observação (CNO) das eleições considerou, ontem, impossível manter a data de 8 de janeiro, tal como estava previsto. Em entrevistas, o secretário-geral do CNO, Leopold Berlanger, afirmou que, considerando os múltiplos problemas do processo, "é difícil imaginar que o Conselho Eleitoral Provisório e os atores internacionais terão tempo para regular tudo e realizar eleições" em 8 de janeiro".

Um desses problemas, segundo o secretário do CNO, é o atraso na distribuição dos títulos de eleitores. Devido a esse atraso, os eleitores não sabem em que locais irão votar. Berlanger falou também da distribuição "irracional" dos eleitores e disse que muitos se queixam porque têm que votar muito longe da sua residência. Além disso, considerou insuficientes os 800 centros previstos para a votação.

Por sua vez, os candidatos à presidência fizeram apelos aos envolvidos no processo eleitoral para sair do "beco sem saída" em que se encontram. Serge Gilles, aspirante social-democrata à presidência, fez uma chamada para que o processo eleitoral seja vigiado, enquanto o candidato da Grande Reunião para a Evolução do Haiti (GREH) disse que há "falta de vontade dos responsáveis do governo e da instituição eleitoral". Por último, Hubert Dernceray, candidato da Grande Frente Centro-Direita (GFCD) exigiu "ações rápidas e urgentes" para solucionar os problemas.




Fonte: EFE

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