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Internacional
Quarta - 28 de Dezembro de 2005 às 22:31

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Gibran Tueni era crítico aberto da ocupação do Líbano pela Síria A polícia no Líbano teria prendido nesta terça-feira uma pessoa acusada de envolvimento no atentado de 12 de dezembro na capital do país, Beirute, em que foi morto um parlamentar libanês contrário ao envolvimento da Síria no Líbano, Gibran Tueni.

Segundo fontes ligadas à justiça libanesa, o suspeito, Abdul Qadir Abdul Qadir, nasceu na Síria e está sendo interrogado sobre telefonemas feitos imediatamente antes e depois da explosão que matou Tueni.

Ele teria alugado uma área perto do local do assassinato, que aconteceu no leste de Beirute.

Tueni foi o terceiro opositor da Síria a ser morto no Líbano desde o assassinato do ex-primeiro-ministro libanês Rafik Hariri em fevereiro.

Uma investigação da ONU (Organização das Nações Unidas) implicou autoridades da Síria no assassinato de Hariri. Damasco nega envolvimento nesse ataque e nos outros.

Explosão

Abdul Qadir foi preso com um mandado emitido pelo magistrado militar Rashid Mezher, que o interrogara anteriormente, ainda segundo as fontes do Judiciário libanês.

O magistrado teria determinado que Abdul Qadir, um comerciante de sucata, fique preso na sede da Justiça Militar em Beirute.

Essa é a primeira prisão de alguém ligado ao assassinato que chocou o Líbano.

Gibran Tueni foi morto em uma grande explosão quando passava em uma área dominada por cristãos em Beirute.

"Voz da liberdade"

A explosão foi tão poderosa que seu carro blindado foi jogado para fora da rua estreita e caiu rolando de uma colina.

O corpo de Tueni e de três outros foram encontrados a centenas de metros de distância do local da explosão.

Tueni era o editor do jornal liberal Al-Nahar e crítico aberto da ocupação do Líbano pela Síria.

Ao 48 anos, ele tinha se casado de novo recentemente e foi eleito para o Parlamento em junho.

O político libanês Walid Jumblatt acusou a Síria de ter feito de Tueni um alvo porque ele era "a voz da liberdade".

Damasco negou várias vezes qualquer envolvimento no ataque.




Fonte: BBC Brasil

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