Volume de consultas cresce 4%, mas lojas faturam menos

O volume de consultas ao Serviço de Proteção ao Crédito (SPC) registrou aumento de 4% nas vendas para este natal em relação ao ano passado, em Rondonópolis (210 quilômetros ao Sul de Cuiabá).

Embora os números indiquem aquecimento em volume de vendas, não representam crescimento no faturamento das empresas, que deve fechar o mês com queda entre 10% a 15%. A análise é do presidente da Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), Almir Batista de Santana.

Ele lembra que os fatores que contribuíram para esta diferença entre volume de consultas e de faturamento estão ligados a prudência do lojista na hora da venda, consultando previamente o cliente, e também ao baixo preço pago nos presentes de Natal. “Tudo isto está acontecendo em decorrência da crise do agronegócio, uso não planejado de créditos pessoais e altos juros”, avalia.

Santana lembra que o comércio reflete a crise vivida pelas pessoas na região em que a economia é baseada no agronegócio. “Não podemos dizer que estamos num bom ano. As consultas apresentaram um leve aumento, mas isso não quer dizer necessariamente dinheiro em caixa”, observa.

Neste natal, muitas lojas optaram pela redução dos gastos diminuindo a contratação de mão-de-obra temporária, os enfeites natalinos como distribuição de brindes e contratação de Papai Noel.

A estratégia para atrair o cliente foi baseada em dois fatores: bons descontos e prazos. Em alguns casos, a entrada foi adiada para março do próximo ano.