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Economia
Quarta - 28 de Dezembro de 2005 às 14:02
Por: Mariana Peres

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Mesmo sem dados consolidados, o presidente do Sindicato Intermunicipal do Comércio de Tecidos, Confecções e Armarinhos, Roberto Peron, revela, de maneira extra oficial, “que lamentavelmente as notícias sobre o desempenho das vendas de Natal não são boas”. Ele explica que, com as primeiras sondagens, a expectativa de crescimento de 10% a 15% neste Natal em relação ao mesmo período do ano passado foi frustrada. “Devemos empatar com o volume de 2004, quando muito, contabilizar incremento de 3% a 4%. Se isso acontecer, vai ser um sucesso”, antecipa o representante lojista.

Peron pretende ter o balanço de Natal, referente ao seu segmento, até o próximo sábado, dia 31, ou mais tardar, até o início do ano. “Temos percebido muita contradição entre os números. Tem lojista com crescimento de 15%, outro com redução de 20%. Temos de analisar muito bem as informações”, justifica. O Natal é a melhor data do ano para o calendário comercial.

O presidente frisa que os “últimos 14 dias foram frustrantes ao comércio. Tivemos um fluxo maior de consumidores pelas ruas, mas o poder de consumo não registrou o mesmo avanço”, observa.

A projeção de crescimento de até 15% para este Natal foi motivada pelo forte consumo dos dez primeiros dias de dezembro. “Neste período temos o balanço de incremento de vendas entre 10% e 15%, variando, de acordo com o segmento”, frisa Peron.

Na edição de ontem, o DIÁRIO revelou números apurados pela Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), que diante do volume de consultas ao Sistema de Proteção ao Crédito (SPC), confirmam queda de 1,88%, comparando as consultas de 1º a 25 de dezembro de 2005 com igual período de 2004.

O presidente da CDL, Roberto Carvalho de Almeida, destaca que apesar do percentual negativo, houve reação das vendas. “Não há como negar que houve surpresa neste final de ano, porque tudo indicava que este Natal seria pior e não foi pelo empenho dos lojistas, que se desdobraram para criar fórmulas que estimulassem o consumo e consequentemente, as vendas”. Carvalho destaca que a união dos lojistas dos calçadões de Cuiabá, deu resultado, assim como as promoções ofertadas durante a melhor época do ano para o comércio varejista.

CENÁRIO DESFAVORÁVEL – Para Roberto Peron, a crise financeira que afetou a economia estadual, “foi sem dúvida a grande responsável por um ano de retrações no varejo”. Os problemas no setor madeireiro e no agronegócio, “reduziram a circulação de dinheiro e o reflexo é absorvido pelo comércio”.

O presidente sindical destaca que mais uma vez o comércio formal sofreu com a concorrência desleal. “Com o poder de compra reduzido, tanto pelo cenário estadual, quanto pelo nacional, o consumidor esteve atrás de preços acessíveis e aqui pesa a concorrência desleal, como por exemplo as feiras de Goiânia e os camelódromos”, critica Peron.

Ele não acredita que o funcionamento de 35 horas ininterruptas do shopping Pantanal, tenha influenciado na contabilização negativa do saldo de Natal. “Há alguma migração do consumidor do centro para os shoppings em geral, mas estamos perdendo fatia significativa do mercado para a informalidade”, assegura.

SHOPPING POPULAR – Este outro segmento do varejo cuiabano comemora o saldo das vendas de Natal. De acordo com o presidente da associação do Shopping Popular, Misael de Oliveira Galvão, as vendas superam as expectativas e atingiram percentual de 15%. “Obtivemos este resultado em função do preço e da ampliação do nosso estacionamento”, avalia.

Galvão frisa ainda, que desde o dia 20, o Shopping passou a estender o horário de funcionamento até às 21h e que do dia 21 a 23, as barracas estiveram abertas até o último cliente, que segundo ele, até às 23h. “Com o pagamento dos 13º salários, inclusive as folhas do funcionalismo municipal, tivemos um contingente de consumidores maior a partir do dia 22”, explica Galvão. O presidente não soube quantificar a movimentação no local.




Fonte: Diário de Cuiabá

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