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Curdos e xiitas negociam formação de Governo unidade nacional
Líderes da coalizão curda e da aliança xiita religiosa debateram hoje a formação de um Governo de unidade nacional no Iraque, em meio ao protesto de sunitas e dos xiitas laicos contra os resultados das eleições, que consideram "fraudulentas".
As conversas tiveram lugar no Curdistão iraquiano (norte) e foram coordenadas pelo presidente do Iraque, o curdo Jalal Talabani, e o líder da Assembléia Suprema para a Revolução Islâmica (ASRI), Abdel Aziz al-Hakim.
Este último, recebido ontem pelo presidente da região do Curdistão, Massoud Barzani, afirmou que as duas partes estão de acordo sobre a necessidade de criar um Governo no qual estejam representadas todas as entidades políticas e as etnias do Iraque.
A coalizão curda, formada pelo Partido Democrático (KDP), de Barzani, e a União Patriótica do Curdistão (UPK), de Talabani, obteve a maioria dos votos nas três províncias do Curdistão no pleito parlamentar do último dia 15, segundo os resultados parciais.
Estes resultados, anunciados há uma semana pela Comissão Eleitoral Independente (CEI), também deram à Aliança Unida Iraquiana (AUI), integrada por 16 formações políticas e liderada pelo grupo de Al-Hakim, a maioria dos votos nas principais províncias do país, especialmente em Bagdá e no sul.
"Nossa visão de futuro se fundamenta na necessidade de formar um Governo no qual estejam representados todos os grupos em conformidade com os resultados das eleições", disse Al-Hakim em discurso pronunciado hoje no Parlamento do Curdistão.
Segundo ele, "no Iraque há árabes, curdos, cristãos e muçulmanos xiitas e sunitas, e não se pode permitir a ausência de nenhum destes grupos sob qualquer pretexto".
Com estas declarações, dirigia-se aparentemente aos árabes sunitas, em cujas áreas se concentra a insurgência, e aos xiitas laicos, liderados pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, que rejeitaram os resultados do pleito.
Mais de 40 formações políticas, em sua maioria sunitas e xiitas laicas, denunciaram "diversas irregularidades" cometidas durante o processo eleitoral e exigiram a dissolução da CEI.
Além disso, insistiram que se forme uma comissão internacional para investigar as supostas irregularidades, e alguns líderes sunitas chegaram a pedir a repetição da votação, o que foi claramente rejeitado tanto pela aliança xiita como pela coalizão curda.
Os opositores organizaram nos últimos dias manifestações em várias cidades, incluindo a capital, para protestar contra o pleito.
"Não se pode considerar nulas as eleições, nem se pode repetir a votação. No Iraque temos uma lei eleitoral que é preciso ser cumprida e uma comissão eleitoral que devemos respeitar", disse Al-Hakim após sua reunião na terça-feira com Barzani.
O líder xiita, assim como Barzani, coincidiram na necessidade de estabelecer uma federação para os curdos no norte e outra para os xiitas nas províncias do centro e do sul do país, idéia que os sunitas tinham rejeitado categoricamente ao considerar que "levaria à divisão do Iraque".
Os árabes sunitas participaram das últimas eleições depois que vários de seus líderes reconhecessem que seu boicote do pleito de janeiro foi um "erro".
Naquelas eleições, os xiitas obtiveram 140 das 275 cadeiras da câmara, enquanto a coalizão curda conseguiu 75 assentos, o que lhe permitiu controlar o Governo e o Parlamento provisório.
As conversas tiveram lugar no Curdistão iraquiano (norte) e foram coordenadas pelo presidente do Iraque, o curdo Jalal Talabani, e o líder da Assembléia Suprema para a Revolução Islâmica (ASRI), Abdel Aziz al-Hakim.
Este último, recebido ontem pelo presidente da região do Curdistão, Massoud Barzani, afirmou que as duas partes estão de acordo sobre a necessidade de criar um Governo no qual estejam representadas todas as entidades políticas e as etnias do Iraque.
A coalizão curda, formada pelo Partido Democrático (KDP), de Barzani, e a União Patriótica do Curdistão (UPK), de Talabani, obteve a maioria dos votos nas três províncias do Curdistão no pleito parlamentar do último dia 15, segundo os resultados parciais.
Estes resultados, anunciados há uma semana pela Comissão Eleitoral Independente (CEI), também deram à Aliança Unida Iraquiana (AUI), integrada por 16 formações políticas e liderada pelo grupo de Al-Hakim, a maioria dos votos nas principais províncias do país, especialmente em Bagdá e no sul.
"Nossa visão de futuro se fundamenta na necessidade de formar um Governo no qual estejam representados todos os grupos em conformidade com os resultados das eleições", disse Al-Hakim em discurso pronunciado hoje no Parlamento do Curdistão.
Segundo ele, "no Iraque há árabes, curdos, cristãos e muçulmanos xiitas e sunitas, e não se pode permitir a ausência de nenhum destes grupos sob qualquer pretexto".
Com estas declarações, dirigia-se aparentemente aos árabes sunitas, em cujas áreas se concentra a insurgência, e aos xiitas laicos, liderados pelo ex-primeiro-ministro Iyad Allawi, que rejeitaram os resultados do pleito.
Mais de 40 formações políticas, em sua maioria sunitas e xiitas laicas, denunciaram "diversas irregularidades" cometidas durante o processo eleitoral e exigiram a dissolução da CEI.
Além disso, insistiram que se forme uma comissão internacional para investigar as supostas irregularidades, e alguns líderes sunitas chegaram a pedir a repetição da votação, o que foi claramente rejeitado tanto pela aliança xiita como pela coalizão curda.
Os opositores organizaram nos últimos dias manifestações em várias cidades, incluindo a capital, para protestar contra o pleito.
"Não se pode considerar nulas as eleições, nem se pode repetir a votação. No Iraque temos uma lei eleitoral que é preciso ser cumprida e uma comissão eleitoral que devemos respeitar", disse Al-Hakim após sua reunião na terça-feira com Barzani.
O líder xiita, assim como Barzani, coincidiram na necessidade de estabelecer uma federação para os curdos no norte e outra para os xiitas nas províncias do centro e do sul do país, idéia que os sunitas tinham rejeitado categoricamente ao considerar que "levaria à divisão do Iraque".
Os árabes sunitas participaram das últimas eleições depois que vários de seus líderes reconhecessem que seu boicote do pleito de janeiro foi um "erro".
Naquelas eleições, os xiitas obtiveram 140 das 275 cadeiras da câmara, enquanto a coalizão curda conseguiu 75 assentos, o que lhe permitiu controlar o Governo e o Parlamento provisório.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/328703/visualizar/
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