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Polícia Brasil
Quarta - 28 de Dezembro de 2005 às 07:46

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Foi sepultada nesta terça-feira a professora e estudante Carla Correia de Oliveira, 22 anos, que morreu baleada no dia anterior, durante um assalto no Rio de Janeiro. Ela foi atingida na cabeça dentro de uma Kombi que fazia lotação do Rio até Nova Iguaçu, na Baixada Fluminense, supostamente porque não tinha dinheiro para dar aos dois homens que abordaram o veículo. Elaine, 27, irmã da vítima, também estava no carro e afirma que, após levarem R$ 5,10 e um celular, os bandidos ainda atiraram mais duas vezes, mas a arma teria falhado.

O assalto se deu por volta das 21h de sexta-feira, na antiga Estrada Rio-São Paulo, próximo ao bairro Jardim Letícia. Carla se dirigia para Nova Iguaçu, onde morava, e havia acabado de fazer compras de Natal em Campo Grande. Durante a viagem, dois assaltantes entraram no veículo como se fossem passageiros e anunciaram o roubo dois pontos depois.

Feliz por ter conseguido realizar o sonho de passar no vestibular de Direito da Universidade Estadual do Rio (Uerj), Carla ainda disse ao bandido que sua irmã Elaine lhe daria dinheiro. Ela ainda estava acompanhada de outra irmã, Elisângela, e de uma sobrinha pequena.

"Quando ela (Carla) e a Elisângela disseram que estavam sem dinheiro e que eu lhe daria tudo, o bandido deu um soco no rosto da Elisângela e atirou na Carla. Ele ainda chegou a atirar pela segunda vez, mas a arma falhou", contou Elaine, que também ficou na mira do bandido.

"Acho que ele (o bandido) ficou nervoso quando viu que tinha ferido minha irmã e quis logo sair do carro. Enquanto o outro ladrão mandava o motorista parar, ele pegou o dinheiro que eu usaria para pagar as nossas passagens e o celular de outra pessoa. Antes de descer, ainda tentou me dar um tiro também. Mas, por sorte, a arma voltou a falhar", lembra Elaine.

Carla ainda foi socorrida com vida e levada para o Hospital Estadual Rocha Faria, em Campo Grande.

Transferida para o Hospital Estadual Pedro II, em Santa Cruz, por falta de neurocirurgiões, ela precisou esperar 10 horas na Emergência do hospital até conseguir vaga no Centro de Terapia Intensiva (CTI) da unidade. Porém não resistiu.




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