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Internacional
Terça - 27 de Dezembro de 2005 às 20:39

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Um dos terroristas mais procurados da Arábia Saudita foi detido hoje após matar cinco policiais em um incidente que pôs fim a um período de três meses de relativa calma neste reino, que vive uma onda de terrorismo extremista há três anos.

Segundo um comunicado do Ministério do Interior saudita, divulgado hoje pela agência saudita de notícias SPA, as forças de segurança conseguiram capturar o terrorista após ele ser ferido pela Polícia, que conseguiu interceptar o carro em que o fundamentalista fugia.

O terrorista disparou primeiro contra uma patrulha policial, matando dois agentes, e mais tarde atacou um posto de controle, onde matou outros três policiais, tudo isso na província de Muzneb, região de Qasim, a noroeste de Riad.

O agressor foi identificado como Mohammed Eben Abdul Rahman al Zuelemi, que está incluído na lista de 36 supostos radicais islâmicos procurados pela Polícia por seu suposto envolvimento em atividades terroristas.

O primeiro ataque ocorreu nas proximidades de um complexo de edifícios, local de descanso de muçulmanos que peregrinam aos santuários de Meca e Medina, os principais do mundo islâmico, e que se preparam para a peregrinação anual, que começará em 8 de janeiro.

O segundo ataque ocorreu quando o terrorista fugiu da Polícia rumo a Muzneb, onde, ao se aproximar de um posto de controle policial, disparou e matou três agentes, acrescentou o Ministério.

As fontes de segurança explicaram que Zuelemi era quem fornecia informações pela internet aos outros membros da célula terrorista a que pertencia, além de coordenar as atividades terroristas do grupo.

Além disso, revelaram que o muçulmano capturado é irmão de Ahmed, um dos cinco terroristas que morreram em setembro em um confronto com as forças de segurança na cidade petrolífera de Damman, no litoral leste do país.

Esses cinco extremistas - um dos quais também estava incluído na lista dos 36 terroristas mais procurados do país - resistiram durante 72 horas entrincheirados em um imóvel, de onde mataram quatro agentes das forças especiais do reino.

O incidente de hoje interrompe a relativa calma que imperava desde setembro nesta rica monarquia árabe, o primeiro produtor e exportador de petróleo no mundo.

Em abril, 15 supostos terroristas morreram em três dias de tiroteios com a Polícia saudita na localidade de Al-Ras, ao norte de Riad.

A Arábia Saudita, que durante décadas financiou no mundo todo atividades consideradas a versão mais rígida do Islã, a doutrina wahhabista, sofre desde maio de 2003 uma onda de ataques terroristas de extremistas islâmicos.

Desde então, a onda de ataques e atentados, atribuídos quase todos a grupos vinculados à organização terrorista internacional Al Qaeda, liderada pelo dissidente saudita Osama bin Laden, mataram mais de cem pessoas, entre elas alguns estrangeiros.

Em outubro, a Polícia deteve em Riad 13 supostos membros da Al Qaeda que estavam reunidos em um edifício abandonado, que era utilizado como depósito de armas, segundo informações do jornal local Al Watan, que citou fontes de segurança.

As fontes disseram que um dos detidos era um menor de 15 anos de idade, e que outro dos detidos pode ser irmão de um militante islâmico procurado pelas autoridades.





Fonte: EFE

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