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Nacional
Terça - 27 de Dezembro de 2005 às 16:21
Por: Mariângela Gallucci e Neri Vit

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Brasília - O incêndio que destruiu hoje seis dos dez andares do edifício do INSS (Instituto Nacional do Seguro Social), na capital federal, foi o maior dos últimos dez anos, informou o comandante-geral do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, coronel Sossígenes de Oliveira Filho. O oficial chefiou a operação de combate às chamas. O primeiro grande incêndio ocorrido em Brasília foi a destruição, em 1964, da Churrascaria Alabama, no Setor Comercial Norte.

O major Wellington Moura, do Corpo de Bombeiros do Distrito Federal, lembra que o único caso ocorrido anteriormente que destruiu totalmente um prédio foi em 1989, no antigo Ministério do Desenvolvimento Urbano (MDU), de seis andares.

Outro incêndio de grandes proporções atingiu em 1978 o antigo Brasília Palace Hotel, planejado por Oscar Niemeyer, à beira do Lago Paranoá.

O major Moura disse que, apesar da gravidade do incêndio de hoje, as estruturas do prédio do INSS não foram danificadas, o que permitirá a recuperação do edifício.

Nem o coronel nem o major afastam suspeita de crime no incêndio de hoje, mas fazem a ressalva de que é cedo para fazer qualquer afirmação. Ambos enfatizam que, ainda durante o trabalho dos bombeiros, estiveram no local peritos dessa corporação e da Polícia Federal que farão o laudo sobre as origens do fogo. Esse laudo deve ser divulgado dentro de dez dias, segundo Sossígenes de Oliveira Filho.

"Qualquer possibilidade será considerada e não será afastada", declarou o coronel. Para ele, "o incêndio ocorre quando a prevenção falha". Na avaliação do major Moura, "pode ter sido um curto circuito, ou também um incêndio criminoso, ainda não dá para falar."

O comandante informou que o Corpo de Bombeiros foi acionado às 7h15 e que, oito minutos depois, a primeira equipe chegou ao local. O fogo foi controlado por volta das 10 horas. Participaram da operação cerca de 150 homens. Segundo o comandante, a grande dificuldade na operação de combate ao fogo foi a ausência de pressão na rede interna, o que reduziu a eficiência das mangueiras de água existentes dentro do edifício. Isso inviabilizou o combate ao incêndio pelo lado de dentro do prédio.

Moura observa que as dificuldades no combate ao incêndio de hoje foram menores porque, em razão dos feriados de fim-de-ano, o movimento de veículos e pessoas é pequeno na cidade.




Fonte: Agencia Estado

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