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Internacional
Segunda - 26 de Dezembro de 2005 às 15:46

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Como parte das cerimônias que marcaram o primeiro aniversário do tsunami na Indonésia, o governo do país testou um sistema de sirenes de alerta em uma praia na cidade de Padang.

As autoridades pediram aos residentes que corressem seguindo rotas de evacuação de emergência definidas.

Especialistas dizem que milhares de vidas poderiam ter sido salvas se houvesse na região sistemas de alerta semelhantes aos existentes em países banhados pelo Oceano Pacífico.

Desde o desastre, os países da região vêm cooperando com a Comissão Oceânica Intergovernamental da ONU para instalar sistemas de alerta nacionais e regionais.

Um terremoto junto à costa da ilha indonésia de Sumatra, tido como o segundo mais intenso já registrado, fez com que ondas gigantescas avançassem quilômetros pelo oceano.

Vários países foram atingidos - da Malásia, no sudeste asiático até a Somália, na África.

Dois terços das mortes ocorreram na província indonésia de Aceh.

Acordo de paz

O presidente da Indonésia, Susilo Bambang Yudhoyono, fez um tributo aos que vêm tentando reconstruir suas vidas.

Fazendo referência ao recente acordo de paz entre o governo indonésio e os rebeldes do Movimento Aceh Livre, Yudhoyono disse que Aceh é um exemplo de que a esperança pode nascer da destruição.

Em outros países afetados, sobreviventes do tsunami, familiares e amigos de vítimas participaram de cerimônias junto a líderes da região e convidados estrangeiros.

Em uma praia no sul da Tailândia, o primeiro-ministro do país, Thaksin Shinawatra, participou de um evento no balneário de Khao Lak.

Grande parte dos mortos na região eram estrangeiros.

Segundo a agência de notícias Reuters, um grupo de suecos entrou no mar para lançar uma coroa de flores depois de cantar a canção do grupo Abba, I Have a Dream.

"Acredito que é preciso voltar. Você precisa ir até a praia, precisa ver crianças na praia, precisa ver tudo... Só então vou poder deixar tudo para trás", disse à agência Reuters o sueco Pigge Werkelin, sobrevivente que perdeu dois filhos e a esposa na tragédia.



No Sri Lanka, o presidente Mahinda Rajapkse, liderou uma cerimônia no vilarejo de Peraliya, ao sul do país, onde um trem foi atirado para fora da ferrovia pelas ondas do tsunami, matando pelo menos mil pessoas.

Depois de dois minutos de silêncio às 9h (1h30, horário de Brasília), a hora em que as ondas do tsunami chegaram, o presidente inaugurou um monumento aos 31 mil mortos no país.

Segundo correspondentes da agência de notícias Associated Press, monges budistas do local estavam preparando suas cerimônias, um dia de cânticos, e os açougueiros penduraram suas facas como sinal de respeito por todas as formas de vida.

O Retorno

Milhares de pessoas participaram das cerimônias na Tailândia, em uma parte da costa conhecida como Khao Lak.

Cerca de 1,5 milhão de pessoas ficaram desabrigadas em toda a região depois que uma muralha de água varreu árvores, casas e comunidades inteiras, e a reconstrução pode levar de cinco a dez anos.

O grau de devastação e a resposta internacional foram sem precedentes, disse a correspondente da BBC, Catherine Davis.

A Organização das Nações Unidas destacou a rapidez e a generosidade da resposta internacional a seu apelo de emergência. Estima-se que foram levantados cerca de US$ 12 bilhões.




Fonte: BBC Brasil

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