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Saúde
Segunda - 26 de Dezembro de 2005 às 14:14

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O maior problema dos altos índices de Hanseníase detectados pela Organização Mundial de Saúde é o preconceito. Segundo a responsável pelo Programa Municipal de Combate à doença, Célia M. Florentino, a Secretaria de Saúde de Cuiabá está engajada em diminuir estes índices, tanto é que foram realizados mutirões onde foram diagnosticados os casos em todas as unidades de saúde da capital.

O diagnóstico pode ser feito em toda a rede de saúde e gratuitamente. A Secretaria Municipal de Saúde alerta que quanto antes for detectada a doença, mais rápida pode ser curada, sem deixar seqüelas.

“Àqueles que escondem a doença, geralmente apresenta estados avançados e agudos, chegando a ter deformações visíveis pelo corpo. Mas isso pode ser tratado e curado.” – diz Célia.

O tratamento será 100% eficiente se for levado a sério do começo ao fim. Os sintomas geralmente são manchas na pele de várias tonalidades. As mais crônicas são as de cores esbranquiçadas e avermelhadas. Há ainda os casos em que há perda de sensibilidade na pele, mas também pode haver pacientes que tenham Hanseníase e desenvolvam outros sintomas, como dores nas articulações e músculos, comumente confundidos com reumatismo.

A transmissão da Hanseníase se dá pelas vias aéreas superiores (gotículas de ar) e geralmente transmitidas em ambientes escuros, úmidos e fechadas. Segundo Célia, a cura é acessível, principalmente porque a SMS disponibiliza exames e tratamentos gratuitos, mas é preciso que as pessoas conscientizem-se da necessidade de procurar auxílio médico: “Há uma tendência de se esconder a doença, principalmente por causa do preconceito, mas estamos revertendo este quadro através de campanhas e mutirões, com a finalidade de diminuir os índices alarmantes já registrados”.

Já na primeira dose do tratamento, 99% dos bacilos são eliminados e não há mais chances de contaminação. A doença é causada pelo micróbio bacilo Hansen e ataca normalmente a pele, os olhos e nervos. Segundo o Ministério da Saúde, a maioria das pessoas é resistente ao bacilo e, portanto, não adoece. De 7 doentes, apenas um oferece risco de contaminação. De 8 pessoas que mantém contato com pacientes com possibilidade de infecção, apenas 2 contraem a doença. Desses 2, um torna-se infectante.





Fonte: Diario de Cuiabá

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