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Internacional
Segunda - 26 de Dezembro de 2005 às 13:09

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Milhares de pessoas de cerca de 40 países assistiram hoje às cerimônias realizadas em sete cidades litorâneas do sudoeste da Tailândia, onde há um ano o tsunami matou 5.395 tailandeses e estrangeiros.

Os atos oficiais em memória das vítimas e dos 2.940 desaparecidos incluíram um minuto de silêncio, oferendas de flores e cerimônias religiosas sob rituais budistas, católicos, protestantes, muçulmanos, hindus e siques.

O primeiro-ministro da Tailândia, Thaksin Shinawatra, que declarou um dia de luto, viajou à região para percorrer junto a outros membros do Governo os lugares nas províncias de Phuket, Krabi, Phang Nga e Trang em que foram realizados os atos oficiais com a presença de sobreviventes, parentes das vítimas e diplomatas.

"Espero que todas as vítimas sejam felizes em sua nova vida", disse o primeiro-ministro tailandês antes do ato budista celebrado no distrito de Khao Lak, onde foi construído o monumento em memória dos que perderam a vida por causa do tsunami.

Um total de 2.248 estrangeiros de 37 países morreram na tragédia, a maior parte em estabelecimentos hoteleiros da praia de Khao Lak, uma das mais atingidas pelas ondas provocadas pelo terremoto de magnitude de 9,1 graus ocorrido na manhã de 26 de dezembro de 2004.

A Suécia perdeu 543 cidadãos, a Alemanha 537, a Finlândia 167, a Suíça 90 e a França 673, e mais de 600 pessoas ainda são dadas como desaparecidas.

Entre 10 mil e 15 mil pessoas assistiram às cerimônias organizadas pelas autoridades, criticadas por alguns setores sociais que consideram que o programa de celebrações tinha um excesso de promoção turística, principal fonte de receita para a região.

Na popular praia de Patong, na província de Phuket, funcionários uniformizados, turistas e banhistas se misturavam entre os que respeitaram o dia de luto.

Ao longo do dia houve muitas cenas em que sobreviventes e parentes dos mortos tentaram persuadir fotógrafos e câmeras de televisão para que respeitassem sua intimidade durante os eventos públicos ou enquanto faziam mostras individuais de luto na praia.

Ficava difícil discernir onde acabava o luto e começava a campanha turística, já que, por exemplo, alguns dos atos eram patrocinados pela produtora musical e cinematográfica GMM Grammy.

Cerca de mil sobreviventes e parentes das vítimas aceitaram o convite do Governo da Tailândia, que se ofereceu para pagar as passagens de avião e duas noites de hospedagem a cerca de 10 mil estrangeiros atingidos pela maior catástrofe do país.

O ministro tailandês de Turismo, Precha Maleenont, agradeceu a essa resposta dos estrangeiros e, em nome do Governo e do povo tailandês, expressou "sua profunda simpatia àqueles que perderam parentes ou amigos".

"O sentimento que compartilhamos deve nos fazer lembrar que não estamos sozinhos, que temos muitos amigos dispostos a nos apoiar", disse o ministro.




Fonte: Terra

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