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Internacional
Sábado - 24 de Dezembro de 2005 às 23:50

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A retirada das tropas da Coalizão Internacional liderada pelos Estados Unidos no Iraque começará em 2006 com a saída definitiva de mais de 50 mil soldados, disse hoje o assessor de Segurança Nacional iraquiano, Muafak al-Rubai.

O anúncio coincidiu com a visita não anunciada que o secretário de Defesa americano, Donald Rumsfeld, fez hoje a uma base militar de seu país, localizada no coração da insurgência, para levantar o ânimo dos soldados que passarão o Natal longe do lar.

Rumsfeld confirmou que os Estados Unidos será um dos primeiros países a iniciar a retirada, já que dois batalhões de combate abandonarão Iraque na próximas semanas.

Quase ao mesmo tempo em que Rumsfeld dava força a seus soldados, Al-Rubai concedia uma entrevista à televisão iraquiana na qual indicava que cerca de 7.500 militares norte-americanos sairão do Iraque nos próximos dias.

"Depois, ao longo do próximo ano, mais de 50 mil soldados da força Multinacional abandonarão o Iraque, fazendo com que o efetivo se reduza a menos de 100 mil", acrescentou.

Al-Rubai disse que o acordo foi alcançado após "longas, amplas e intensas negociações entre o Governo iraquiano e a Coalizão multinacional", e que é apoiado por um plano traçado para que "as forças iraquianas possam assumir o controle total da segurança do país após a retirada".

"Achamos que o Exército e a Polícia iraquianos estão preparados para assumir parte das responsabilidades de segurança que atualmente tem a força internacional", ressaltou Al-Rubai.

"A situação no país é muito melhor; além disso, (os iraquianos) possuem o número suficiente, o equipamento e a instrução necessários para que possa haver uma retirada gradual da coalizão multinacional, primeiro das províncias, depois da cidades e por último de todo o país", afirmou.

Atualmente, estão mobilizados no Iraque mais de 170 mil soldados estrangeiros, a imensa maioria deles americanos.

Os Estados Unidos têm 160 mil soldados destacados no Iraque, 22 mil dos quais fazem parte de uma força complementar que foi mobilizada nos últimos meses para garantir a segurança durante as recentes eleições parlamentares iraquianas.

Esses soldados adicionais serão exatamente os que os EUA retirarão nas próximas semanas.

O Reino Unido é o segundo país em número de militares no Iraque, com cerca de 8,5 mil.

O primeiro-ministro do Reino Unido, Tony Blair, anunciou nesta quinta-feira, durante uma visita também inesperada ao Iraque, que seu país retirará parte de suas tropas em 2006.

Blair especificou, no entanto, que o Exército britânico não abandonará o Iraque até que os iraquianos possam se responsabilizar plenamente pela segurança nacional.

A Polônia, junto à Itália, é outro dos países com maior número de efetivos em território iraquiano.

Na quinta-feira, durante sua visita às tropas, o primeiro-ministro polonês, Kazimierz Marcinkiewicz, se mostrou favorável ao prolongamento da estadia dos soldados, mas acrescentou que isto depende das necessidades das autoridades de Bagdá.

O contingente inicial da Polônia era de 2.400 homens, mas foi reduzido em 800 efetivos em meados deste ano e previa-se sua retirada total no final de janeiro de 2006.

O líder da coalizão de centro-esquerda italiana, Romano Prodi, assegurou meses atrás que, caso vença as próximas eleições, retirará o contingente italiano.

Outros países da coalizão, como Bulgária e Romênia, já anunciaram ter começado a retirar seus soldados, e que o farão ao longo de 2006.

No entanto, a Albânia anunciou que manteria sua presença, enquanto o Japão estendeu por vários meses a missão "pacífica" que seus soldados realizam no sul do país.





Fonte: Terra

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