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Internacional
Sábado - 24 de Dezembro de 2005 às 09:45

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O Exército israelense criará uma zona de moderação de cerca de 2 quilômetros de largura no norte da Faixa de Gaza para impedir que os foguetes das milícias caiam na cidade portuária de Ashkelon.

A zona de moderação, na qual o Exército não estará fisicamente presente, terá uma largura variável, ou seja, que irá se adaptando às necessidades de segurança, disseram fontes do Ministério da Defesa citadas por meios de comunicação locais.

O objetivo é declarar uma faixa do norte de Gaza como zona militar fechada, e disparar sem aviso prévio contra todos que entrarem nela.

A faixa estará em princípio delimitada pelos antigos assentamentos judaicos de Duguit, Elei Sinai e Nissanit, reduzidos a escombros após a evacuação israelense de Gaza em agosto passado e de onde agora as milícias disparam seus foguetes contra Israel.

Nas últimas três semanas, as milícias dispararam foguetes Qassam contra a cidade de Ashkelon, que agora está dentro de seu alcance de tiro graças à evacuação israelense.

Segundo as fontes do Ministério da Defesa, o Exército não pretende entrar nessa zona de moderação, mas somente controlá-la pelo ar e evitar a aproximação de milicianos.

O vice-ministro de Defesa israelense, Ziv Boim, disse à rádio pública: "espero que (a Autoridade Nacional Palestina, ANP) receba a mensagem que deve impedir os ataques" e assegurou que se for necessário estender essa faixa mais para o sul, onde vive população civil palestina, isso será feito.

Assessores jurídicos do Governo israelense sustentam que em Gaza existe uma entidade jurídica independente e, portanto, é sua obrigação garantir a segurança desde seu território.

Nessas circunstâncias, asseguram, Israel tem o direito legítimo à defesa própria, por isso a criação da faixa de moderação em território palestino não representaria uma violação do direito internacional.

As medidas tomadas pelo Governo israelense representam uma radicalização nas respostas de seu Exército ao disparo de foguetes desde que abandonou a Faixa de Gaza, em 12 de setembro.





Fonte: EFE

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