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Polícia Brasil
Sexta - 23 de Dezembro de 2005 às 21:10
Por: Márcia Oliveira

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O delegado aposentado Roberto de Almeida Gil e o agricultor aposentado Damasceno Mozer retomaram a liberdade ontem com um habeas corpus concedido pelo desembargador do Tribunal Regional Federal (TRF), Girair Aran Neguerian. Gil estava preso no Anexo 1 do Pascoal Ramos, ao lado da Polinter, em Cuiabá e Damasceno era mantido em prisão domiciliar.

Ambos foram presos em operações policiais de combate a crimes ambientais. Gil é acusado de contratar capangas para assegurar que fazendeiros grilassem áreas na reserva indígena Rio Pardo, no município de Colniza, 1.165 km de Cuiabá. Damasceno foi denunciado pelo Ministério Público Federal pelo crime de estelionato, formação de quadrilha e invasão da terra indígena Rio Pardo.

O advogado de ambos, Ricardo Monteiro, informou que no HC argumentou que ambos têm bons antecedentes, residência fixa e colaboraram com as investigações. "O Estado de Direito garante que as pessoas não sejam presas antes de serem condenadas e no caso dos dois, a liberdade de ambos não significa perigo para a condução das investigações".

Monteiro explica que tentou conseguir a liberdade dos dois em Mato Grosso, sem sucesso. "Para não pular etapas eu pedi que o juiz que decretou a prisão a reformasse, mas, não conseguimos. Então entrei no TRF".

A Polícia Federal desencadeou a Operação Rio Pardo no fim de novembro e prendeu 27 pessoas acusadas de grilagem, extração ilegal de madeira e genocídio.

No caso o delegado aposentado prestou dois depoimento. No segundo, ao delegado Dennis Cali, afirmou que foi confundido com outra pessoa. Gil informou que advogava no município de Colniza para o proprietário de uma fazenda que fica ao lado da reserva. E que por várias vezes foi até a delegacia do município denunciar invasões da área de seus clientes por grileiros. "Tinha um policial que ajudava os grileiros no local e podem ter confundido o Gil com ele".





Fonte: Gazeta Digital

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