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Médicos mantém greve na rede pública em Cuiabá e Várzea Grande
O ano de 2012 marcou a desvalorização dos profissionais da saúde pública em Mato Grosso. Atraso nos salários, precarização dos contratos e a quase total falta de estrutura transformaram o setor em um dos mais preocupantes para a população. O melhor retrato de todos os problemas enfrentados é o fato de que é grande a chance de que os médicos das duas maiores cidades, Cuiabá e Várzea Grande, terminem o ano em greve. Sem nenhuma mudança, as perspectivas para 2013 são ainda piores.
Presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), a médica Elza Luiz de Queiróz destaca que as paralisações foram decididas e iniciadas após diversas tentativas de diálogo junto aos gestores. "A greve é uma medida extrema, desgastante, mas necessária a partir do momento em que já não havia mais a menor condição de trabalho".
Com o fim dos mandatos dos prefeitos, muito provavelmente as negociações só serão retomadas em 2013.
A sindicalista reconhece que 2012 ficará marcado como o pior ano da saúde pública em Mato Grosso, processo que foi acentuado este ano, mas começou em 2009. "Quando a gente pensava que não podia piorar, piorava. Até que chegou à situação de colapso total".
Ruim nas duas maiores cidades, que concentram cerca de 60% dos atendimentos de Mato Grosso, a situação é ainda pior no interior. "Muitos médicos e outros profissionais estão com salários atrasados nos municípios, além da falta de estrutura que já é comum. São poucos os profissionais que aceitam seguir para os municípios e viver uma situação de incerteza".
Com isso, aponta o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen/MT), Dejamir Souza Soares, muitos municípios deixam de investir no Programa Saúde da Família (PSF) e no controle de endemias. "E a situação só se agrava, porque quando não há o atendimento básico de qualidade, os pacientes buscam os hospitais e prontos-socorros".
A verba para a saúde, considerada baixa se comparada com a saúde suplementar, que gasta o mesmo montante atendendo 5 vezes menos pessoas, poderia ser melhor aproveitada, na opinião de Elza. "O problema é que não dá para saber quanto falta para que as pessoas tenham um atendimento de qualidade, porque não se sabe ao certo quanto da saúde é desviado para outras finalidades. E isso não sou eu quem diz".
A informação de que quase 1/3 das verbas federais destinadas a estados e municípios para a saúde é gasto com outra finalidade foi passada por ministros do Tribunal de Contas de União (TCU), após análise de diversas contas estaduais e municipais. O problema de gestão, sempre falado por diversas pessoas, na ótica da sindicalista, começa com os chefes do Executivo e chega até os encarregados das unidades de saúde. "Somente quando o dinheiro for bem aplicado é que saberemos se e quanto falta".
Presidente do Sindicato dos Médicos de Mato Grosso (Sindimed/MT), a médica Elza Luiz de Queiróz destaca que as paralisações foram decididas e iniciadas após diversas tentativas de diálogo junto aos gestores. "A greve é uma medida extrema, desgastante, mas necessária a partir do momento em que já não havia mais a menor condição de trabalho".
Com o fim dos mandatos dos prefeitos, muito provavelmente as negociações só serão retomadas em 2013.
A sindicalista reconhece que 2012 ficará marcado como o pior ano da saúde pública em Mato Grosso, processo que foi acentuado este ano, mas começou em 2009. "Quando a gente pensava que não podia piorar, piorava. Até que chegou à situação de colapso total".
Ruim nas duas maiores cidades, que concentram cerca de 60% dos atendimentos de Mato Grosso, a situação é ainda pior no interior. "Muitos médicos e outros profissionais estão com salários atrasados nos municípios, além da falta de estrutura que já é comum. São poucos os profissionais que aceitam seguir para os municípios e viver uma situação de incerteza".
Com isso, aponta o presidente do Sindicato dos Profissionais de Enfermagem de Mato Grosso (Sinpen/MT), Dejamir Souza Soares, muitos municípios deixam de investir no Programa Saúde da Família (PSF) e no controle de endemias. "E a situação só se agrava, porque quando não há o atendimento básico de qualidade, os pacientes buscam os hospitais e prontos-socorros".
A verba para a saúde, considerada baixa se comparada com a saúde suplementar, que gasta o mesmo montante atendendo 5 vezes menos pessoas, poderia ser melhor aproveitada, na opinião de Elza. "O problema é que não dá para saber quanto falta para que as pessoas tenham um atendimento de qualidade, porque não se sabe ao certo quanto da saúde é desviado para outras finalidades. E isso não sou eu quem diz".
A informação de que quase 1/3 das verbas federais destinadas a estados e municípios para a saúde é gasto com outra finalidade foi passada por ministros do Tribunal de Contas de União (TCU), após análise de diversas contas estaduais e municipais. O problema de gestão, sempre falado por diversas pessoas, na ótica da sindicalista, começa com os chefes do Executivo e chega até os encarregados das unidades de saúde. "Somente quando o dinheiro for bem aplicado é que saberemos se e quanto falta".
Fonte:
A Gazeta
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/32940/visualizar/
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