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Internacional
Terça - 25 de Dezembro de 2012 às 17:46

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A divulgação do resultado do referendo sobre a nova Constituição do Egito foi adiada. Ainda não há previsão para sua comunicação. A notícia é da Folha de S. Paulo.

Estão em curso investigações sobre irregularidades denunciadas pela oposição ao presidente Mohamed Mursi, acusado de tentar impor a constituição, que favorece a população islamita.

O resultado do referendo deveria ter sido divulgado nesta segunda-feira (24/12). A apuração preliminar e não oficial apontou que a nova Carta egípcia havia sido aprovada por 64% dos eleitores.

Segundo a Frente de Salvação Nacional, principal grupo de oposição, o referendo foi marcado por fraudes, violações e irregularidades.

O referendo foi realizado no sábado (22/12). Durante a votação, uma coalizão de grupos de direitos humanos egípcios relatou uma série de irregularidades. Postos de votação foram abertos com atraso, apoiadores da nova constituição fizeram campanha ilegal pelo voto afirmativo, e pelo menos uma pessoa morta votou.

Mursi, que foi eleito, é criticado pela oposição por preterir os direitos das mulheres e da minoria cristã do país em favor da população islamita, e é acusado de tentar impor a nova carta constitucional. O texto da nova legislação apresenta inúmeros trechos vagos, que permitem excesso de interpretação, e adota a sharia, o código de leis islâmicas, como sua fonte primária, o que pode ter grave impacto em questões como vida familiar, divórcio, e o papel da mulher na sociedade.






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