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Nacional
Terça - 20 de Dezembro de 2005 às 08:25

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O Ministério da Educação (MEC) dá por encerrada a greve dos professores das universidades federais. O indicativo de volta ao trabalho do comando nacional de greve foi ratificado pelos professores universitários. O Sindicato Nacional dos Docentes das Instituições de Ensino Superior (Andes) informou que todos resolveram aceitar a proposta de reajuste do Ministério da Educação, com exceção daqueles da Universidade Federal de Sergipe.

Os professores da Universidade de Brasília (UnB), que resolveram retomar as aulas na sexta-feira, estão definindo o novo calendário letivo, que deve estar pronto ainda nesta terça-feira, 20 de dezembro. A proposta a ser apresentada pela reitoria é que as aulas sejam reiniciadas no dia 3 de janeiro, para que o segundo semestre de 2005 seja encerrado até o fim de março.

O presidente da Associação dos Docentes da Universidade de Brasília (AdUnB), Rodrigo Dantas, considera que a paralisação conseguiu ganhos. Entre eles, Dantas aponta o alívio nos salários, a criação da categoria de professor associado, a diminuição da diferença na pontuação da Gratificação de Estímulo à Docência (GED) entre professores ativos, aposentados e pensionistas e a liberação de quatro mil vagas para concursos públicos.

Apesar do fim da greve, os professores não concordaram com a proposta do MEC. Os docentes pediam aumento de 18% no salário-base e equiparação dos vencimentos dos aposentados com os servidores da ativa -atualmente, a diferença é de cerca de 30%.

O governo propôs aumento de 9,75% e a diminuição da diferença entre ativos e inativos, além da criação de uma quinta classe na carreira. As decisões resultam em R$ 650 milhões a mais na folha de pagamento.

O secretário executivo do MEC, Jairo Jorge, disse que o MEC considerou as reivindicações dos professores das instituições de ensino superior e que buscou a valorização da categoria. As propostas do ministério para os professores das universidades estão no projeto de lei enviado à Câmara dos Deputados, que prevê o investimento de R$ 650 milhões a mais na folha de pagamento, em 2006.

A greve durou 112 dias e é considerada a maior da história da categoria. Entre as reivindicações, melhores condições salariais. Apenas quatro instituições mantiveram a paralisação, Federal de Viçosa, Federal de Ciências Agrárias do Pará, Federal de Sergipe e Federal de Patos, no Pará.




Fonte: Terra

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