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Greve pára sistema de transporte de Nova York
O sistema de transporte público de Nova York, que movimenta a cada dia 7 milhões de pessoas, está em greve desde as 3h de hoje (6h de Brasília) após o fracasso das negociações sobre um novo acordo coletivo. Por causa da paralisação, o dia de hoje deve ser caótico para Nova York, já que o bloqueio dos transportes supõe uma suspensão de praticamente toda a atividade econômica do coração da cidade, Manhattan, que não vivia uma situação deste tipo desde 1980.
Nos últimos dias, a Autoridade Metropolitana de Transportes (MTA, sigla em inglês) buscou o apoio dos empregados para um novo acordo coletivo, com reduções nas contribuições previdênciárias e nos seguros de saúde, o que o majoritário Sindicato dos Trabalhadores de Transportes (TWU, sigla em inglês), negou.
"Não há razão para cortes, especialmente em um ano em que a MTA teve um superávit de US$ 1 bilhão", disse à imprensa o presidente do sindicato, Roger Toussaint, após anunciar oficialmente o início da greve.
O sindicato, que representa 34 mil empregados, tinha estabelecido um prazo até a noite de ontem para que um acordo fosse alcançado, o que não foi possível, apesar da nova oferta entregue à MTA poucas horas antes do fim do ultimato.
"Esta é uma luta pela cobertura de nossas aposentadorias, por nosso trabalho e por nossa dignidade", disse o sindicalista, que mostrou sua esperança de que os nova-iorquinos entendam a paralisação. "Nossa luta também é de vocês", afirmou.
Toussaint ordenou que os motoristas de ônibus e do metrô que estão circulando finalizem o trajeto e deixem os veículos no depósito de destino, à espera novas ordens do sindicato.
Na última greve, realizada em abril de 1980, o protesto durou 11 dias.
Natal e greve
A greve iniciada em Nova York deve ter efeitos devastadores sobre a economia, pois ocorre no auge das vendas natalinas e durante uma das épocas de maior afluência de turistas. Segundo o prefeito da cidade, o republicano Michael Bloomberg, cada dia de greve provocará perdas de cerca de US$ 400 milhões, que serão somadas ao prejuízo de deixar 7 milhões de pessoas sem trabalhar ou estudar.
Tanto o prefeito como o governador do estado, George Pataki, insistiram nos últimos dias que a lei não permite que os funcionários públicos do setor de transportes façam greve. Por isso, podem receber multas de até US$ 25 mil por dia.
No entanto, os trabalhadores mantiveram suas medidas de pressão e protesto, especialmente por considerar que o superávit deste ano não justifica as mudanças propostas pela empresa, como o aumento da idade mínima de aposentadoria de 55 para 62 anos.
Um dos principais obstáculos na negociação foi a tentativa da MTA de modificação da aposentadoria, assim como a de impor o pagamento compartilhado do seguro de saúde aos novos empregados contratados pela companhia.
Em um discurso público realizado há algumas horas, o prefeito pediu ao sindicato que aceitasse a proposta da empresa. Para Bloomberg, os empregados do setor público e privado devem fazer frente a um "novo mundo", no qual os custos previdenciários e de saúde são muito elevados e no qual os empresários não podem dar-se ao luxo de serem tão generosos.
Bloomberg anunciou na quarta-feira que a prefeitura preparou um amplo plano de emergência em caso de greve, que obriga os automóveis que quiserem entrar em Manhattan a fazê-lo com pelo menos quatro passageiros e restringe o trânsito de caminhões.
Também foram reforçados os serviços das barcas e das ferrovias da região. Além disso, os táxis estão autorizados a levar vários passageiros que façam um mesmo trajeto.
Nos últimos dias, a Autoridade Metropolitana de Transportes (MTA, sigla em inglês) buscou o apoio dos empregados para um novo acordo coletivo, com reduções nas contribuições previdênciárias e nos seguros de saúde, o que o majoritário Sindicato dos Trabalhadores de Transportes (TWU, sigla em inglês), negou.
"Não há razão para cortes, especialmente em um ano em que a MTA teve um superávit de US$ 1 bilhão", disse à imprensa o presidente do sindicato, Roger Toussaint, após anunciar oficialmente o início da greve.
O sindicato, que representa 34 mil empregados, tinha estabelecido um prazo até a noite de ontem para que um acordo fosse alcançado, o que não foi possível, apesar da nova oferta entregue à MTA poucas horas antes do fim do ultimato.
"Esta é uma luta pela cobertura de nossas aposentadorias, por nosso trabalho e por nossa dignidade", disse o sindicalista, que mostrou sua esperança de que os nova-iorquinos entendam a paralisação. "Nossa luta também é de vocês", afirmou.
Toussaint ordenou que os motoristas de ônibus e do metrô que estão circulando finalizem o trajeto e deixem os veículos no depósito de destino, à espera novas ordens do sindicato.
Na última greve, realizada em abril de 1980, o protesto durou 11 dias.
Natal e greve
A greve iniciada em Nova York deve ter efeitos devastadores sobre a economia, pois ocorre no auge das vendas natalinas e durante uma das épocas de maior afluência de turistas. Segundo o prefeito da cidade, o republicano Michael Bloomberg, cada dia de greve provocará perdas de cerca de US$ 400 milhões, que serão somadas ao prejuízo de deixar 7 milhões de pessoas sem trabalhar ou estudar.
Tanto o prefeito como o governador do estado, George Pataki, insistiram nos últimos dias que a lei não permite que os funcionários públicos do setor de transportes façam greve. Por isso, podem receber multas de até US$ 25 mil por dia.
No entanto, os trabalhadores mantiveram suas medidas de pressão e protesto, especialmente por considerar que o superávit deste ano não justifica as mudanças propostas pela empresa, como o aumento da idade mínima de aposentadoria de 55 para 62 anos.
Um dos principais obstáculos na negociação foi a tentativa da MTA de modificação da aposentadoria, assim como a de impor o pagamento compartilhado do seguro de saúde aos novos empregados contratados pela companhia.
Em um discurso público realizado há algumas horas, o prefeito pediu ao sindicato que aceitasse a proposta da empresa. Para Bloomberg, os empregados do setor público e privado devem fazer frente a um "novo mundo", no qual os custos previdenciários e de saúde são muito elevados e no qual os empresários não podem dar-se ao luxo de serem tão generosos.
Bloomberg anunciou na quarta-feira que a prefeitura preparou um amplo plano de emergência em caso de greve, que obriga os automóveis que quiserem entrar em Manhattan a fazê-lo com pelo menos quatro passageiros e restringe o trânsito de caminhões.
Também foram reforçados os serviços das barcas e das ferrovias da região. Além disso, os táxis estão autorizados a levar vários passageiros que façam um mesmo trajeto.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/329675/visualizar/
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