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Economia
Terça - 25 de Dezembro de 2012 às 13:56
Por: MARIANNA PERES

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A força da segunda safra, em Mato Grosso, protagonizada pelos recordes de produção, preço e área plantada do milho, não foram suficientes para tirar o brilho da performance que a soja, principal commodity estadual, registrou em 2012. A saca da oleaginosa fecha o ano com valorização de 60,5% e com fôlego para novos recordes, conforme o andamento da safra sul-americana no decorrer dos primeiros meses de 2013.

De acordo com balanço do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), o preço médio da soja em janeiro deste ano foi de R$ 40,19 por saca, aumentando para R$ 64,50 neste mês, o gera um ganho de 60,5%, no ano. Já comparado com o início de 2011, a elevação é de 46,9%. O dólar também aumentou. Em janeiro de 2011 estava em R$ 1,65, passando para R$ 1,87 em janeiro de 2012 e 2,08 em dezembro atual, elevação de 11,2% em 2012 e 26%, comparado a 2011.

Em função da forte demanda pelo grão, até novembro, 50% do volume da soja em grão já havia sido exportado, representando 10,67 milhões de toneladas. “Apresentaram o melhor desempenho na exportação o farelo, com 4,32 milhões de toneladas e o óleo, com 592 mil toneladas, com os maiores volumes exportados na sua história”, frisa o analista da cadeia de grãos do Imea, Cleber Noronha.

Como destaca, o que contribuiu para este alto índice de exportação foi a evidente demanda externa. Os preços tornaram-se atrativos, visto que o valor médio para a exportação dos grãos no porto foi de US$ 33,11/sc, o que representa R$ 64,56/sc.

REVÉZ - Apesar do bom momento, o mercado de grãos trouxe consigo os elevados custos de produção, que também registraram recordes. O custo de produção, embalado pelo nível do pacote tecnológico, pode ficar 45% maior, quando comparando o custo do plantio da safra 11/12 ante a 13/14. Outro encargo sobre o valor da saca de soja foram os preços do frete, que cresceram 40% em média, não se estabilizaram e devem continuar subindo para a próxima safra. “Fechando um balanço anual, mesmo com os pontos negativos de custos e frete, Mato Grosso continua sendo Estado referência e apresenta excelentes condições para plantio da soja”, resume Noronha.





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