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Nacional
Terça - 20 de Dezembro de 2005 às 06:46

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Sete integrantes do Movimento dos Trabalhadores Sem-Teto (MTST) começaram ontem uma greve de fome na frente do edifício onde o presidente Luiz Inácio Lula da Silva tem um apartamento, em São Bernardo do Campo (SP). Eles pedem a desapropriação de área ocupada pelo MTST em setembro, em Taboão da Serra, e a construção de moradia para 800 famílias.

Essa é a segunda vez no ano que o governo enfrenta uma greve de fome - forma de protesto já adotada pelo próprio presidente. Em 1980, Lula fez greve de fome por quatro dias, enquanto esteve preso. Entre setembro e outubro deste ano, o bispo de Barra (BA) Luiz Flávio Cappio, ficou 11 dias em jejum para que Lula desistisse da transposição do Rio São Francisco. Encerrou o protesto após a promessa de um encontro com Lula e da retomada das discussões sobre o projeto.

De acordo com o jornal O Estado de S.Paulo, com idades entre 19 e 40 anos, os grevistas do MTST estão dispostos a manter o protesto por longo período. "Eles agüentam 15 dias tranqüilamente. Daí vão começar a sentir muito cansaço e tontura. Depois de 30 dias fica mais complicado", afirmou um voluntário, que acompanha o protesto.

O MTST afirma que a greve é apartidária e pede uma solução por qualquer esfera de governo. "É um ato extremo, mas não havia alternativa", disse Helena, uma das coordenadoras do movimento. "Se a situação quando Lula fez greve de fome era extrema, então a gente chega em algo parecido", continuou. "Que olhem por pessoas que há anos não têm onde morar".




Fonte: Terra

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