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Terça - 20 de Dezembro de 2005 às 02:24

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São Paulo - A excelente atuação do goleiro Rogério Ceni, na final do Mundial de Clubes, contra o Liverpool, não comoveu o técnico da seleção brasileira, Carlos Alberto Parreira. Mesmo depois de ter sido eleito o melhor do torneio no Japão, o treinador não garante que pode convocar o goleiro do São Paulo. “Todos os jogadores que atuam no Brasil têm chances de ser chamados, mas é a média é que traz o jogador para a seleção, não apenas um jogo excepcional”, disse Parreira, hoje, no programa Bem, Amigos, do SporTV.

“O Rogério já esteve na seleção com o Luxemburgo e o Leão, foi à Copa de 2002, mas tem mais de 30 anos”, observou. “Temos de pensar até onde é vantajoso levarmos três jogadores experientes para a mesma posição.”

Parreira justificou que tem outras boas opções para o gol da seleção. “Minha situação é complicada: para a posição, temos o Dida, que já foi campeão da Copa dos Campeões da Europa, e o Marcos, que já foi campeão do mundo”, ponderou. “Vamos resolver isso com calma, tenho até maio para pensar.”

O treinador negou que exista qualquer problema com Rogério Ceni. “Não existe nada pessoal entre nós. Andaram dizendo que tivemos problemas, mas não aconteceu absolutamente nada, nos gostamos, nos respeitamos”, afirmou. “Se ele não foi convocado até hoje é por opção técnica.”

Depois de conquistar a Libertadores, o goleiro do São Paulo disse que não pensa em voltar à seleção, pois o clube é mais importante para sua carreira. Parreira não escondeu que as afirmações o desagradaram. “Não foram declarações felizes, mas não contam contra ele”, minimizou.

“Tanto que ele foi chamado para aquele amistoso contra Guatemala”, lembrou.

Apesar de não elogiar muito a atuação de Rogério contra o Liverpool, o técnico da seleção fez questão de ressaltar a conquista são-paulina.

“Foi uma vitória heróica e emblemática: um time formado aqui no Brasil se impôs contra o Liverpool, que é uma verdadeira seleção européia”, comparou. “Também foi uma vitória de um treinador calmo (Paulo Autuori), que sabe impor seu estilo.”

Parreira não se surpreendeu com a eleição de Ronaldinho Gaúcho como melhor jogador do mundo pela Fifa. Por ser brasileiro, o treinador não poderia votar no atacante do Barcelona na eleição da Fifa, mas revelou quem mereceu sua indicação. “Em primeiro lugar, votei no Zidane.

“Jogando bem ou não, sempre voto nele. Também votei no (Rudi) Van Nistelroy, e no Gerrard, que também é um bom jogador”, contou.

O treinador disse que a seleção brasileira não fugirá da sua responsabilidade de conquistar a Copa do Mundo na Alemanha, diante da boa fase do futebol brasileiro. “Nós temos que encarar e assumir isso, mas não deixar de lembrar que favoritismo não ganha Copa do Mundo”, afirmou.




Fonte: Agência Estado

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