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Balanço anual mostra 36 índios assassinados no Brasil
Balanço anual do Fórum Nacional pela Reforma Agrária e Justiça no Campo indica que, em 2005, 36 índios foram assassinados no Brasil, principalmente em disputas por terras com fazendeiros. Dessas mortes, 24 aconteceram no Mato Grosso do Sul.
Hoje, durante a apresentação do balanço, lideranças dos Guarani-Kaiowá de Mato Grosso do Sul estiveram presentes para denunciar a situação vivida na área indígena Nhande Ru Marangatu, em Antônio João (430 km a sudoeste de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai). O conflito na área é considerado um exemplo atual da situação vivida no estado.
Cerca de 200 famílias desse grupo, aproximadamente 900 pessoas, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), estão morando à margem da estrada MS 384 há quase uma semana. Os índios estão alojados na estrada porque foram obrigados a sair de Nhande Ru Marangatu, após liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve suspensa a homologação da área indígena e resultou em ordem de reintegração das terras aos fazendeiros.
O índio Eugênio Morales, morador de Nhande Ru Marangatu, afirmou que pretende se encontrar com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) para questionar a decisão do STF e pedir ajuda aos índios que estão à beira da MS 384. "Nós queremos perguntar para o mundo onde estão nossos direitos e até quando isso pode acontecer com os índios no Brasil".
Para a índia Léia Aquino Pedro, que também é uma das lideranças de Nhande Ru Marangatu, a expulsão dos índios foi um ato de violência em relação aos direitos dos índios. "O que eles fizeram com a gente foi uma violência muito grande. Mandaram policiais com cachorros, com várias armas, todas que eles têm e com a gente lá sem ter arma nenhuma", relatou.
Léia contou que os índios estão morando em situação precária e em barracos improvisados. "Os barracos a gente está conseguindo aos poucos. Nós vivemos sempre na aldeia e estar na beirada da estrada é um sofrimento muito grande, principalmente para as crianças. Agora, a gente não tem o que fazer, nem trabalhar e procurar alimentos."
O balanço apresentado hoje pelo fórum também aponta diminuição no número de homologação de terras indígenas este ano. Em 2004, foram feitas 25 homologações. Em 2005, foram 8, segundo o balanço.
Hoje, durante a apresentação do balanço, lideranças dos Guarani-Kaiowá de Mato Grosso do Sul estiveram presentes para denunciar a situação vivida na área indígena Nhande Ru Marangatu, em Antônio João (430 km a sudoeste de Campo Grande, na fronteira com o Paraguai). O conflito na área é considerado um exemplo atual da situação vivida no estado.
Cerca de 200 famílias desse grupo, aproximadamente 900 pessoas, de acordo com o Conselho Indigenista Missionário (CIMI), estão morando à margem da estrada MS 384 há quase uma semana. Os índios estão alojados na estrada porque foram obrigados a sair de Nhande Ru Marangatu, após liminar do Supremo Tribunal Federal (STF) que manteve suspensa a homologação da área indígena e resultou em ordem de reintegração das terras aos fazendeiros.
O índio Eugênio Morales, morador de Nhande Ru Marangatu, afirmou que pretende se encontrar com representantes da Fundação Nacional do Índio (Funai) para questionar a decisão do STF e pedir ajuda aos índios que estão à beira da MS 384. "Nós queremos perguntar para o mundo onde estão nossos direitos e até quando isso pode acontecer com os índios no Brasil".
Para a índia Léia Aquino Pedro, que também é uma das lideranças de Nhande Ru Marangatu, a expulsão dos índios foi um ato de violência em relação aos direitos dos índios. "O que eles fizeram com a gente foi uma violência muito grande. Mandaram policiais com cachorros, com várias armas, todas que eles têm e com a gente lá sem ter arma nenhuma", relatou.
Léia contou que os índios estão morando em situação precária e em barracos improvisados. "Os barracos a gente está conseguindo aos poucos. Nós vivemos sempre na aldeia e estar na beirada da estrada é um sofrimento muito grande, principalmente para as crianças. Agora, a gente não tem o que fazer, nem trabalhar e procurar alimentos."
O balanço apresentado hoje pelo fórum também aponta diminuição no número de homologação de terras indígenas este ano. Em 2004, foram feitas 25 homologações. Em 2005, foram 8, segundo o balanço.
Fonte:
ABr
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/329779/visualizar/
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