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Likud elege novo presidente, e Sharon se recupera de leve derrame
O partido israelense Likud elege hoje seu novo presidente, após a deserção em novembro do primeiro-ministro Ariel Sharon, que se recupera em um hospital de Jerusalém do leve derrame que sofreu no domingo.
Mais de 128 mil filiados foram convocados às urnas para escolher o substituto de Sharon no comando do Likud, partido que o primeiro-ministro abandonou após 31 anos de militância e seis deles como seu presidente.
Os candidatos favoritos são o primeiro-ministro entre 1996 e 1999, Benjamin Netanyahu, e o atual ministro das Relações Exteriores, Silvan Shalom, embora também tenham apresentado candidaturas o ministro da Agricultura, Israel Katz, e o ultra-radical Moshé Feiglin, estes dois últimos com poucas possibilidades de serem escolhidos.
Os colégios eleitorais fecharão às 22h (18h de Brasília), mas a Comissão Eleitoral informou que até a meia-noite não será divulgado o candidato do Likud a primeiro-ministro nas eleições antecipadas do próximo dia 28 de março.
A disputa entre Shalom e Netanyahu também é a de duas ideologias que lutam para se transformar no rumo do principal partido de Israel por número de militantes e anos de Governo, 22 desde 1977.
Netanyahu, paladino do movimento colonizador judaico na Cisjordânia, reflete o caminho dos falcões; e Shalom, que apoiou a evacuação da Faixa de Gaza em agosto, o dos moderados.
Analistas políticos disseram que as possibilidades do ministro de Exteriores de ser eleito dependem de uma participação muito baixa (cerca de 30%) ou, pelo contrário, muito alta (de 75% a 80%), enquanto Netanyahu se beneficiaria de qualquer percentagem entre esses extremos.
Segundo dados da comissão eleitoral, às 16h (12h de Brasília), o número de filiados que tinham votado era cerca de 15%.
"Quero fazer uma revolução no Likud. Hoje é um dia importante no Likud, e as pessoas têm de ser responsáveis e participar desta revolução", disse Shalom ao pedir aos militantes que exerçam o direito ao voto.
Em sua campanha, Shalom defendeu que o partido Likud retorne a suas históricas posturas de centro-direita, com o objetivo de atrair o eleitorado que tem medo de um dirigente como Netanyahu, defensor da ala radical.
Essa radicalização provocou, em novembro, a saída de Sharon para uma nova formação de centro - o Kadima (Avante) -, com a qual poderia levar adiante uma solução, por um lado negociada e do outro unilateral, para o conflito com os palestinos.
Sua hospitalização ontem por causa de um coágulo no cérebro aumentou as especulações sobre uma alta participação nas primárias de hoje no Likud, já que se considera que seu desaparecimento da cena política daria um novo ímpeto à formação nacionalista.
Sharon ainda corre risco de sofrer um novo derrame cerebral, já que, segundo as estatísticas, 30% das pessoas de sua idade voltam a sofrer a doença no primeiro ano depois do ataque.
Essa possibilidade gerou as primeiras especulações sobre o futuro do Kadima, partido que reúne direitistas e esquerdistas e cujo único ponto de convergência parece ser o primeiro-ministro.
"É um exagero dizer que o Kadima é apenas Ariel Sharon, não é o partido de uma única pessoa", respondeu o vice-primeiro-ministro e braço direito de Sharon, Ehud Olmert.
Enquanto eram esclarecidas as circunstâncias do estado de saúde de Sharon, Olmert assumiu ontem à noite as funções mais urgentes do chefe de Governo, mas advertiu que não está sendo buscado um substituto.
O último boletim médico também não parece exigir isso, pois os especialistas se mostraram muito satisfeitos com a evolução do quadro do primeiro-ministro.
"Esperamos poder dar alta a Sharon amanhã de manhã", afirmou em entrevista coletiva um dos médicos que o atendeu no hospital.
Olmert garantiu que, ao contrário das informações divulgadas nas últimas 24 horas, "Sharon nunca perdeu a consciência, nem sofreu nenhum tipo de paralisia".
"O primeiro-ministro sofreu um leve derrame que não causou nenhum dano ao cérebro", confirmou o neurologista chefe do hospital.
Mais de 128 mil filiados foram convocados às urnas para escolher o substituto de Sharon no comando do Likud, partido que o primeiro-ministro abandonou após 31 anos de militância e seis deles como seu presidente.
Os candidatos favoritos são o primeiro-ministro entre 1996 e 1999, Benjamin Netanyahu, e o atual ministro das Relações Exteriores, Silvan Shalom, embora também tenham apresentado candidaturas o ministro da Agricultura, Israel Katz, e o ultra-radical Moshé Feiglin, estes dois últimos com poucas possibilidades de serem escolhidos.
Os colégios eleitorais fecharão às 22h (18h de Brasília), mas a Comissão Eleitoral informou que até a meia-noite não será divulgado o candidato do Likud a primeiro-ministro nas eleições antecipadas do próximo dia 28 de março.
A disputa entre Shalom e Netanyahu também é a de duas ideologias que lutam para se transformar no rumo do principal partido de Israel por número de militantes e anos de Governo, 22 desde 1977.
Netanyahu, paladino do movimento colonizador judaico na Cisjordânia, reflete o caminho dos falcões; e Shalom, que apoiou a evacuação da Faixa de Gaza em agosto, o dos moderados.
Analistas políticos disseram que as possibilidades do ministro de Exteriores de ser eleito dependem de uma participação muito baixa (cerca de 30%) ou, pelo contrário, muito alta (de 75% a 80%), enquanto Netanyahu se beneficiaria de qualquer percentagem entre esses extremos.
Segundo dados da comissão eleitoral, às 16h (12h de Brasília), o número de filiados que tinham votado era cerca de 15%.
"Quero fazer uma revolução no Likud. Hoje é um dia importante no Likud, e as pessoas têm de ser responsáveis e participar desta revolução", disse Shalom ao pedir aos militantes que exerçam o direito ao voto.
Em sua campanha, Shalom defendeu que o partido Likud retorne a suas históricas posturas de centro-direita, com o objetivo de atrair o eleitorado que tem medo de um dirigente como Netanyahu, defensor da ala radical.
Essa radicalização provocou, em novembro, a saída de Sharon para uma nova formação de centro - o Kadima (Avante) -, com a qual poderia levar adiante uma solução, por um lado negociada e do outro unilateral, para o conflito com os palestinos.
Sua hospitalização ontem por causa de um coágulo no cérebro aumentou as especulações sobre uma alta participação nas primárias de hoje no Likud, já que se considera que seu desaparecimento da cena política daria um novo ímpeto à formação nacionalista.
Sharon ainda corre risco de sofrer um novo derrame cerebral, já que, segundo as estatísticas, 30% das pessoas de sua idade voltam a sofrer a doença no primeiro ano depois do ataque.
Essa possibilidade gerou as primeiras especulações sobre o futuro do Kadima, partido que reúne direitistas e esquerdistas e cujo único ponto de convergência parece ser o primeiro-ministro.
"É um exagero dizer que o Kadima é apenas Ariel Sharon, não é o partido de uma única pessoa", respondeu o vice-primeiro-ministro e braço direito de Sharon, Ehud Olmert.
Enquanto eram esclarecidas as circunstâncias do estado de saúde de Sharon, Olmert assumiu ontem à noite as funções mais urgentes do chefe de Governo, mas advertiu que não está sendo buscado um substituto.
O último boletim médico também não parece exigir isso, pois os especialistas se mostraram muito satisfeitos com a evolução do quadro do primeiro-ministro.
"Esperamos poder dar alta a Sharon amanhã de manhã", afirmou em entrevista coletiva um dos médicos que o atendeu no hospital.
Olmert garantiu que, ao contrário das informações divulgadas nas últimas 24 horas, "Sharon nunca perdeu a consciência, nem sofreu nenhum tipo de paralisia".
"O primeiro-ministro sofreu um leve derrame que não causou nenhum dano ao cérebro", confirmou o neurologista chefe do hospital.
Fonte:
EFE
URL Fonte: https://reporternews.com.br/noticia/329796/visualizar/
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