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Agronegócios
Segunda - 19 de Dezembro de 2005 às 08:33
Por: Jamil Chade

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Franceses comemoram vitória na agricultura Hong Kong, 19 - Os governos europeus, principalmente o francês, comemoraram ontem o acordo fechado na Organização Mundial do Comércio (OMC) como uma garantia de que não terão de realizar uma nova reforma de sua Política Agrícola Comum antes de 2013.

Bruxelas avalia que conseguiu retirar parte da pressão que tinha sobre seus ombros para liberalizar o setor agrícola ao estabelecer a data para a eliminação dos subsídios à exportação no mesmo ano em que vence a atual Política Agrícola Comum da Europa.

"Fomos pressionados. Estávamos enfrentando a possibilidade de ter de aceitar um acordo que previa a eliminação de subsídios em 2010 e conseguimos reverter isso. Nossas políticas estão garantidas até 2013", disse o ministro da Agricultura da França, Dominique Bussereau. Os franceses foram os principais opositores de qualquer nova oferta agrícola dos europeus aos emergentes.

No início da manhã de ontem, quatro países da Europa ainda estavam dispostos a negociar a data de 2010 para o fim dos subsídios, como queria o Brasil. Mas Espanha, Itália, França e Alemanha deixaram claro que não aceitariam a proposta. O Conselho de Ministros da Europa então se reuniu e definiu que apoiaria a proposta de 2013, com um corte substancial em 2010.

Os franceses ressaltam que os cortes progressivos a cada ano previsto no acordo dependerão de como o compromisso dos demais países será cumprido. Americanos, australianos e canadenses terão que regulamentar créditos a exportação, empresas estatais e ajuda alimentar. "Não faremos cortes se os demais países não cumprirem sua parte", disse Bussereau.

Os franceses não querem nem debater nesse momento o que significa a palavra "substancial" no acordo acertado para redução e subsídios 2010. "Já dissemos que isso dependerá do que os demais farão, não do que nós faremos", alertou o ministro da Agricultura da França.

O europeus não mudaram de posição nem mesmo em um dos temas mais polêmicos da conferência, o do comércio de bananas. Os países latino-americanos questionam a tarifa de 176 euros por toneladas que será cobrada pelos europeus a partir 1º de janeiro de 2006.

Países como Honduras e Guatemala ameaçavam bloquear a conferência se essa tarifa não fosse reduzida. A solução encontrada foi a designação de um facilitador que terá a missão de cuidar do conflito entre Europa e os países latino-americanos. As informações estão na edição de hoje de O Estado de S. Paulo




Fonte: Agência Estado

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