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Vídeo comprovaria abuso sexual em viaturas da PM
Uma fita de vídeo que mostraria abuso sexual no interior das viaturas do 3º Pelotão da Polícia Militar, em Itanhomi (MG), seria uma das provas mais contundentes da existência de suposto esquema de pedofilia e exploração de meninas pobres por parte de PMS da pequena cidade, localizada a 363 km de Belo Horizonte, no Vale do Rio Doce.
De forma semelhante à senhora que registrou as atividades do tráfico de drogas no Rio de janeiro, a fita foi gravada por uma moradora de Itanhomi, revoltada com a situação - uma vez que, apesar do esquema supostamente funcionar há pelo menos dois anos, nenhuma autoridade da cidade teria tomado qualquer providência.
Cerca de 10 dos 17 policiais militares do 3º Pelotão da cidade são acusados de pedofilia e exploração sexual de meninas carentes da cidade. O caso foi levantado pelo Conselho Tutelar de Itaonhmi, que reuniu provas e encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual. Diante da gravidade das denúncias, a pedido do procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares, o procurador de Justiça Ronald Albergaria instituiu uma comissão com seis promotores para investigar o caso.
A notícia caiu como uma bomba em Itanhomi, e revoltou os moradores da cidade, que tem aproximadamente 12 mil habitantes. "Acho isso uma vergonha. Esses policiais traíram o juramento que fizeram para proteger as pessoas", criticou uma moradora.
A fita já está em poder de três promotores de Justiça, que estiveram em Itanhomi na última sexta-feira. Durante todo o dia, eles ouviram depoimentos dos cinco conselheiros tutelares da cidade, e de quatro meninas de 14, 15, 16 e 17 anos.
Elas teriam confirmado serem vítimas do esquema de exploração por parte dos militares. Os depoimentos, sigilosos, aconteceram numa sala do 2º andar do Fórum da cidade, na Avenida Francisco de Assis Mafra, região central.
Além da fita, os promotores também já estão com quase 200 cartas que formariam a correspondência trocada entre as meninas e os militares, nas quais estaria relatado, com riqueza de detalhes, como funcionava o relacionamento.
Dos dez militares acusados pelo esquema, nove são casados. Os promotores também têm em seu poder uma carta recente, de teor ameaçador, onde um dos militares recomenda que as meninas "não abram o bico" (nada revelem). Há suspeita que pelo menos 20 meninas tenham sido aliciadas no esquema.
Corregedor faz exigências O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Durval Ângelo (PT), confirmou a gravidade das denúncias. Ele defendeu que todos os 17 policiais militares de Itanhomi sejam substituídos, uma vez que a presença deles estaria provocando medo e constrangimento às testemunhas.
O parlamentar disse que iria recomendar ao Estado-Maior da Polícia Militar para que os dez militares citados sejam afastados até que as denúncias sejam apuradas, e que os outro sete, inclusive o comandante do 3º Pelotão, tenente Bruno Rodrigues, sejam afastados por não terem denunciado o esquema criminoso na cidade.
O corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Lélis de Araújo, informou que recomendou ao chefe da 1º regional da PM, coronel Sérgio Luiz Martins, de Governador Valadares, que apure as denúncias. Ele disse que que as denunciantes "são todas menores e prostitutas", e exigiu que as denúncias sejam formalizadas junto ao Ministério Público ou na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
Araújo garantiu que o caso será apurado, mas os militares, por terem endereço fixo, não serão afastados de suas funções como pede o deputador Ângelo Durval. O corregedor-geral deu também sua palavra que as testemunhas não sofrerão qualquer tipo de ameaça ou constrangimento.
De forma semelhante à senhora que registrou as atividades do tráfico de drogas no Rio de janeiro, a fita foi gravada por uma moradora de Itanhomi, revoltada com a situação - uma vez que, apesar do esquema supostamente funcionar há pelo menos dois anos, nenhuma autoridade da cidade teria tomado qualquer providência.
Cerca de 10 dos 17 policiais militares do 3º Pelotão da cidade são acusados de pedofilia e exploração sexual de meninas carentes da cidade. O caso foi levantado pelo Conselho Tutelar de Itaonhmi, que reuniu provas e encaminhou denúncia ao Ministério Público Estadual. Diante da gravidade das denúncias, a pedido do procurador-geral de Justiça, Jarbas Soares, o procurador de Justiça Ronald Albergaria instituiu uma comissão com seis promotores para investigar o caso.
A notícia caiu como uma bomba em Itanhomi, e revoltou os moradores da cidade, que tem aproximadamente 12 mil habitantes. "Acho isso uma vergonha. Esses policiais traíram o juramento que fizeram para proteger as pessoas", criticou uma moradora.
A fita já está em poder de três promotores de Justiça, que estiveram em Itanhomi na última sexta-feira. Durante todo o dia, eles ouviram depoimentos dos cinco conselheiros tutelares da cidade, e de quatro meninas de 14, 15, 16 e 17 anos.
Elas teriam confirmado serem vítimas do esquema de exploração por parte dos militares. Os depoimentos, sigilosos, aconteceram numa sala do 2º andar do Fórum da cidade, na Avenida Francisco de Assis Mafra, região central.
Além da fita, os promotores também já estão com quase 200 cartas que formariam a correspondência trocada entre as meninas e os militares, nas quais estaria relatado, com riqueza de detalhes, como funcionava o relacionamento.
Dos dez militares acusados pelo esquema, nove são casados. Os promotores também têm em seu poder uma carta recente, de teor ameaçador, onde um dos militares recomenda que as meninas "não abram o bico" (nada revelem). Há suspeita que pelo menos 20 meninas tenham sido aliciadas no esquema.
Corregedor faz exigências O presidente da Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais, deputado Durval Ângelo (PT), confirmou a gravidade das denúncias. Ele defendeu que todos os 17 policiais militares de Itanhomi sejam substituídos, uma vez que a presença deles estaria provocando medo e constrangimento às testemunhas.
O parlamentar disse que iria recomendar ao Estado-Maior da Polícia Militar para que os dez militares citados sejam afastados até que as denúncias sejam apuradas, e que os outro sete, inclusive o comandante do 3º Pelotão, tenente Bruno Rodrigues, sejam afastados por não terem denunciado o esquema criminoso na cidade.
O corregedor-geral da Polícia Militar, coronel Cláudio Lélis de Araújo, informou que recomendou ao chefe da 1º regional da PM, coronel Sérgio Luiz Martins, de Governador Valadares, que apure as denúncias. Ele disse que que as denunciantes "são todas menores e prostitutas", e exigiu que as denúncias sejam formalizadas junto ao Ministério Público ou na Comissão de Direitos Humanos da Assembléia Legislativa de Minas Gerais.
Araújo garantiu que o caso será apurado, mas os militares, por terem endereço fixo, não serão afastados de suas funções como pede o deputador Ângelo Durval. O corregedor-geral deu também sua palavra que as testemunhas não sofrerão qualquer tipo de ameaça ou constrangimento.
Fonte:
Hoje em Dia
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